"Será difícil os portugueses reconciliarem-se com a maioria"
Num momento em que as eleições legislativas se aproximam a passos largos, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, concede uma entrevista ao Diário de Notícias. Na conversa, o deputado diz que apesar de considerar difícil que os portugueses se reconciliem com o Governo, os dois partidos ? CDS e sociais-democratas ? devem lutar por uma nova maioria.
© Reuters
Política Luís Montenegro
“Será uma tarefa muito difícil [reconciliar PSD e CDS com os portugueses] Em muitos países onde foi preciso colocar programas exigentes em marcha houve mudanças políticas. Agora, nós temos as armas para poder viver e enfrentar esse combate com sucesso”, refere Luís Montenegro, em entrevista ao Diário de Notícias publicada este sábado.
O líder parlamentar laranja considera que foi um benefício para o país que o Governo se tivesse mantido até aqui. Porém, não deixa de lamentar a ‘crise do irrevogável’, mas reparte responsabilidades neste âmbito pelos líderes dos dois partidos.
Sobre o tema do destaque de alguns ministros, defende Montenegro que não é possível fazer reformas sem continuidade, pelo que defende que Passos Coelho fez bem em manter ministros como Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz, muito contestados pelos trabalhadores dos ministérios que tutelam.
“É importante que em setores como a Justiça, a Educação e a saúde nós possamos ter esta continuidade”, referiu adiantando que não pode ser “um abanão mediático” a deitar todo o trabalho por terra.
Por fim, sobre a oposição, nomeadamente o PS, defende o líder da bancada ‘laranja’ que António Costa tem muito do que reconhecia a António José Seguro, mas lamenta que o novo líder socialista demore a apresentar propostas e diz mesmo que o autarca de Lisboa é mais submisso à Europa que o Governo.
“O PS tem uma proposta que está muito próxima daquela que executou enquanto foi governo e nós daremos continuidade ao crescimento numa próxima legislatura. (…) Sempre disse que Costa era muito parecido com o Dr. António José Seguro. Posso até reconhecer que Seguro dava, aqui e ali, um lamirezinho das suas ideias, coisa que Costa não faz”, salientou o deputado.
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