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"Os grandes grupos preferem os socialistas no poder ao PSD"

Num artigo de opinião publicado no Jornal de Negócios, Pedro Santana Lopes serve-se da comissão parlamentar de inquérito para descrever a relação do PSD, mas também do PS, com os grandes grupos económicos portugueses. O antigo líder social-democrata afirma que historicamente o PSD tem “dificuldades no relacionamento com os maiores grupos económicos portugueses”.

"Os grandes grupos preferem os socialistas no poder ao PSD"
Notícias ao Minuto

10:00 - 18/12/14 por Notícias Ao Minuto

Política Santana Lopes

Num artigo de opinião onde dá conta do “tom carregado” do PSD relativamente às responsabilidades da administração na queda do BES, Pedro Santana Lopes descreve a relação entre os dois maiores partidos portugueses com os grandes grupos económicos.

Traçando uma perspetiva histórica, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, considera que o PSD, desde Sá Carneiro, tem dificuldades em ser bem visto aos olhos dos grandes grupos. Esta relação mantém-se, na sua opinião, durante a era de Marcelo Rebelo de Sousa à frente do partido ‘laranja’, mas também do Governo que liderou ou do atual.

“Também com Passos Coelho as distâncias têm sido marcadas e marcantes e têm-se sucedido declarações e atitudes que culminam em frases do primeiro-ministro, expressando o seu contentamento por a sociedade portuguesa se estar, no seu entender, a libertar de poderes excessivos que a têm oprimido”, escreve o antigo líder do PSD.

Posteriormente, descrevendo a relação do PS, Santana Lopes diz que “tem havido historicamente neste regime uma maior facilidade de relacionamento, (…) os grandes grupos económicos preferem os socialistas no poder ao PSD. (…) Talvez por os capitalistas sentirem um certo fascínio por socialistas e vice-versa”, escreve o antigo primeiro-ministro.

Defende ainda Santana Lopes que “é manifesto que o PSD falar sempre mais nas PME e aparece sentimental e intelectualmente mais ligado a elas”, talvez porque, explica, se privilegie nos seio da social-democracia portuguesa “a gente que sobe a pulso na gida e alcança algum sucesso com muito esforço”. No seu entender, o PS “nunca teve grande rebuço em olhar para as grandes empresas como alavanca do tecido económico português”.

Sempre ressalvando que os seus comentários não pretendem inferir nada de negativo para o PS, o ex-primeiro-ministro termina dizendo que “mesmo quando a economia e a política não se misturam para além do devido, o que passa num reino e no outro leva a que, de modo natural, se condicionem reciprocamente”.

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