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"Vamos chegar a outubro de 2015 piores do que em 2011"

Em entrevista ao site Observador, o antigo ministro socialista referiu-se hoje ao Estado do país em geral, mas também à escolha do novo líder 'rosa'. Sobre António Costa e a sua proposta política disse que o partido terá de ?evitar hollandices, ou seja comprometer-se antecipadamente com aquilo que acha que seria uma bala de prata?.

"Vamos chegar a outubro de 2015 piores do que em 2011"
Notícias ao Minuto

21:54 - 29/10/14 por Notícias Ao Minuto

Política Santos Silva

António Costa foi o escolhido pela ‘nação socialista' para suceder a António José Seguro. O novo líder político 'rosa' ainda não esclareceu, plenamente, em que baseia a sua proposta política, mas, porém, o antigo ministro de Sócrates, Augusto Santos Silva, defende que o partido não deverá fazer promessas políticas que não possa cumprir.

“Temos que evitar hollandices, ou seja comprometermo-nos antecipadamente com aquilo que achamos que seria uma bala de prata, uma medida que por si só resolveria tudo (…) e depois de termos entradas de leão, saímos como sendeiros”, explica o antigo governante em entrevista ao site Observador.

Para o socialista, o seu partido tem uma vantagem particular no sistema político-partidário que deve ser explorada, facto que deve ser aliado com uma política de entendimentos à esquerda.

“O PS, tenha ou não maioria absoluta, tem de encetar imediatamente um diálogo com três grandes forças que hoje estão órfãs: a democracia cristã, que hoje não tem expressão politica (…), o setor cavaquista da social-democracia (…) e os setores à esquerda que se cansaram de ser esquerda para nada”, sugere.

Neste sentido, Santos Silva defende ser necessário um acordo alargado sobre um conjunto de temas (política de rendimento, políticas de apoios sociais, política fiscal), mas o “PS não deve desperdiçar aquela que é a sua vantagem no sistema partidário português” e que reside no facto de ser “a única força capaz de olhar para a direita e para a esquerda”.

Sobre política económica e num exame ao Governo, que acredita que Cavaco não irá demitir porque apenas tem o argumento da necessidade de aprovar um Orçamento na mesma altura em que estão planeadas as eleições legislativas, volvidos quatro anos, Santos Silva considera que estaremos numa situação mais difícil.

“Acho que vamos chegar a outubro de 2015, em piores condições do ponto de vista das contas públicas, do que estávamos em 2011”, conclui o socialista.

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