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Costa: Construção de alternativa política na Madeira é prioritária

O candidato à liderança do PS António Costa garantiu na segunda-feira que a construção de uma alternativa política na Madeira que desaloje o PSD do Governo Regional será "uma prioridade" da sua direção se vencer as primárias.

Costa: Construção de alternativa política na Madeira é prioritária
Notícias ao Minuto

06:04 - 02/09/14 por Lusa

Política PS

"A Madeira está num momento histórico de viragem. Ao fim de largas dezenas de anos, a Quinta Vigia vai mudar de inquilino", declarou num jantar/comício de apoio à sua candidatura realizado no Parque de Santa Catarina, no Funchal.

António Costa lembrou que "a implosão interna no PSD Madeira é um sinal claro de que vai haver uma mudança política".

"Podem contar comigo e com a próxima direção do PS para que a construção de uma alternativa na Madeira e a construção de um novo Governo Regional da Madeira assente no PS será, para nós, uma prioridade política", acrescentou.

O candidato às primárias do PS considerou ser tempo de "encerrar a época do conflito".

"É preciso, de uma vez por todas, assentarmos Portugal nesta tripla dimensão do nosso território continente, Açores e Madeira, na lógica da cooperação e da solidariedade porque Portugal é um todo na pluralidade e na diversidade do seu território que temos de tratar como uno, numa forma cooperante e solidária entre todos nós", sustentou.

António Costa realçou que "os Açores e a Madeira não são um peso para o país mas uma grande mais-valia".

O candidato a líder do partido nas eleições primárias de 28 de setembro referiu ainda que para "mudar Portugal, é preciso mudar o PS".

"Para Portugal mudar é preciso também que o PS mude e o PS tem de mudar desde logo voltando a ser um bom exemplo de um partido democrático e de um partido que é um exemplo da democracia", indicou, numa condenação ao aparecimento de quotas pagas de militantes que já faleceram.

O candidato aproveitou a ocasião para comentar implicitamente as propostas avançadas pelo seu adversário na corrida interna, António José Seguro, para alterar o sistema eleitoral

"Não vale a pena acharmos que devolvemos a confiança dos cidadãos na política alterando as leis eleitorais ou organizando eleições primárias se, depois, dentro da nossa própria casa, não dermos o exemplo e continuarmos a permitir situações escandalosas como aquelas que ocorreram quando pessoas que já faleceram estão a aparecer com as quotas a serem pagas", argumentou.

António Costa criticou ainda o atual mapa judiciário, que entrou hoje em vigor em todo o país.

"Eu não posso simplesmente prometer o que é que irei fazer. Eu posso dizer mais, eu fui ministro da Justiça e eu não fiz este mapa judiciário, eu não fechei estes tribunais e, pelo contraio, o que eu fiz foi aproximar a Justiça dos cidadãos, porque é próxima dos cidadãos que a Justiça tem de ser administrada, é próxima dos cidadãos que a Justiça tem de ser prestada, porque a Justiça é um bem fundamental e tem de ser acessível a todos os cidadãos", sustentou.

A finalizar, António Costa apelou a todos os militantes, simpatizantes e aos que estão descontentes com o Governo de Pedro Passos Coelho que votem no dia 28 de setembro: "é uma opção nacional, quem liderará a alternativa e quem será o próximo primeiro-ministro de Portugal".

O mandatário nacional da candidatura de António Costa, o açoriano Carlos César, disse também que o futuro Governo do PS deve olhar as ilhas "como parceiros na tarefa de recuperar Portugal".

O ex-secretário de Estado Bernardo Trindade, o líder do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia Legislativa da Madeira Carlos Pereira, e Violante Matos salientaram as qualidades de António Costa, considerando-o "o mais apto" para assumir o cargo de primeiro-ministro de Portugal nas eleições de 2015.

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