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Moita Flores quer dar continuidade ao trabalho de Isaltino Morais

O candidato social-democrata à Câmara de Oeiras, Francisco Moita Flores, prometeu este sábado dar continuidade ao trabalho do actual presidente independente Isaltino Morais, um "estratega" a quem reconhece trabalho feito ao serviço do concelho.

Moita Flores quer dar continuidade ao trabalho de Isaltino Morais
Notícias ao Minuto

11:18 - 08/12/12 por Lusa

Política Oeiras

"A minha ideia sobre Oeiras é respeitar as obras daqueles que vieram antes de mim e se possível reforçar essas obras e dar maior continuidade, aprofundar esses projectos e criar novos", afirmou o candidato social-democrata que hoje apresenta oficialmente a sua candidatura.

Em entrevista à agência Lusa, o ex-presidente da Câmara de Santarém enumerou aquilo que o distingue do actual autarca de Oeiras, reconhecendo-lhe, contudo, que é "um bom autarca, com nível estratégico".

"Eu não vou fazer rupturas com aquilo que foi a obra de Isaltino. Temos personalidades e formas de ser diferentes e quando chegar a Oeiras, quando ganharmos estas eleições, vamos lidar com uma realidade que é de tolerância", afirmou.

A confiança na vitória da sua candidatura que se opõe à que será apoiada por Isaltino Morais - movimento independente Isaltino Oeiras Mais À Frente cujo candidato é Paulo Vistas - não impede Moita Flores de elogiar o trabalho feito pelo actual presidente da câmara.

"O Isaltino confunde-se com a história do PSD ao longo destes 30 anos e desconfundi-lo ou procurar sacar o Isaltino dos últimos oito anos é de uma profunda desonestidade moral", frisou.

Com "escolas" semelhantes, Isaltino Morais foi elemento do Ministério Público e Moita Flores inspector da Polícia Judiciária, o candidato preferiu distinguir as diferenças.

"Ele [Isaltino] tem uma visão muito centralista do poder que eu não tenho. Eu tenho uma visão mais participada, mais mobilizadora do ponto de vista da cidadania. Temos perfis diferentes na forma como entendemos o mundo, mas temos a mesma audácia e a mesma vontade de fazer diferente e melhor", realçou.

A mobilidade, que "só se poderá resolver com um maior intercâmbio entre os municípios envolventes", a falta de estacionamento, "nomeadamente em Algés", o lixo nas ruas, o envelhecimento em alguns centros urbanos e a ausência de modernidade noutros, foram alguns dos principais problemas apontados por Moita Flores.

Além disso, o desenvolvimento cultural, conhecimento científico e interacção das escolas será outras das apostas prometidas pelo candidato social-democrata, bem como a afirmação da identidade do concelho.

"Não basta ter bons indicadores. É preciso que eles se cruzem para conferirmos uma outra dimensão àquele espaço de território sobretudo quando se está ‘entalado’ entre dois mitos: o da capital e da aristocracia de Cascais. Essa identidade, embora seja já potente, precisa de ser mais poderosa para afirmar o valor identitário do território", sustentou.

Será com base nestes princípios que Moita Flores promete conduzir o seu mandato no caso de ser eleito, lembrando sempre que não quer fazer da política carreira, mas sim serviço público.

"Quem me quiser identificar como cidadão livre e de bons costumes, que vem entregar o que tem de melhor a Oeiras, identifica-me bem, mas quem me identificar como um ‘carreirista' que não pensa noutra coisa senão no lugar da política que lhe está reservado porque não sabe fazer mais nada, então não pode pensar em mim", acrescentou.

Sobre os comentários das listas opositores que acusam o ex-presidente da câmara de Santarém de não conhecer nada de Oeiras, Moita Flores disse que se trata de "puro desconhecimento" do que tem feito.

"A maior parte das pessoas que diz isso não me conhece ou conhece apenas porque desejavam ir à televisão e não vão porque não têm visibilidade. Quem diz isso não sabe o que é que eu tenho feito. Eu já percorri Oeiras duas vezes a pé", sublinhou.

Aos munícipes a quem hoje, num jantar organizado pela concelhia de Oeiras do PSD, se vai apresentar oficialmente como candidato, Moita Flores promete mostrar que o País tem futuro.

"Não acredito que o País esteja no fim e que não haja mais nada para fazer. Acredito que nós, o nosso País, a nossa terra, tem futuro e é mais brilhante do que aquele que temos vivido. Esta é mais uma crise, não passa disso", concluiu.

Além de Francisco Moita Flores, são já conhecidas também as candidaturas de Paulo Vistas pelo movimento independente Isaltino, Oeiras Mais À Frente (IOMAF) e Marcos Sá, pelo PS.

A última vez que o PSD venceu as eleições em Oeiras foi em 2001, com a candidatura de Isaltino Morais, que nas eleições de 2005 perdeu o apoio do partido, mas foi eleito presidente, cargo em que se mantém como independente.

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