"Comissário europeu representante de Portugal deve ser socialista"
O dirigente do PS António Costa defendeu hoje, em Faro, que o próximo Comissário Europeu em representação de Portugal deve ser socialista, já que nas últimas eleições os portugueses rejeitaram a política europeia do atual governo.
© Global Imagens
Política Costa
"O próximo comissário europeu em representação de Portugal deve ser socialista" para que "não vá defender a política que os portugueses claramente rejeitaram nas eleições europeias", ocasião em que os eleitores deixaram a "mensagem clara" de que "não querem mais este governo", afirmou o candidato às primárias para a escolha do candidato do PS a primeiro-ministro.
António Costa falava, na segunda-feira à noite, na abertura de um plenário com socialistas, no auditório da biblioteca municipal de Faro, que não teve espaço suficiente para receber as centenas de pessoas que quisream assitir à sessão, obrigando a que muitas pessoas ficassem em pé ou ouvissem o discurso num pátio contíguo.
Em declarações aos jonalistas, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu que, para que os portugueses se sintam representados na Europa, é importante que o próximo representante na Comissão Europeia seja "alguém que defende a mudança de política na Europa"
Durante o seu discurso, Costa afirmou ainda que é preciso "reconciliar e pacificar o país" e sobretudo acabar com o clima de "confronto e conflito permanente" da ação governativa com a Constituição, porque "as constituições não estão cá para serem mandadas pelos governos".
O presidente da Câmara de Lisboa enfatizou ainda que o país precisa de um governo mais forte, que não viva "na angústia de governar para o dia de amanhã", porque a melhoria do estado do país não vai "com pressas, nem choques".
Para o socialista, só o PS "pode corporizar a mudança que os portugueses dizem ansear", razão pela qual, por "imperativo de consciência" perante o partido e o país, decidiu "ajudar o PS a ter mais força", candidatando-se às eleições primárias e a secretário-geral do PS.
António Costa afirmou ainda não aceitar o argumento de que em nome das novas gerações tenham que ser sacrificadas as gerações anteriores, lamentando que os países mais fracos estejam a perder pessoas por força da emigração e defendendo que a "sangria" que tem que ser "estancada".
"Não aceito, em nome do meu filho, sacrificar a minha mãe, porque não é assim que se vive em família, não é assim que se vive em sociedade", sublinhou, alertando ainda para o número de desempregados da sua geração.
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