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Ministério Público disponível para cooperar com autoridades mundiais

A procuradora-geral do Panamá, Kenia Porcell, reuniu-se com delegações diplomáticas de quase todo o mundo acreditadas no país e ofereceu "toda a cooperação" no caso dos chamados Papéis do Panamá.

Ministério Público disponível para cooperar com autoridades mundiais
Notícias ao Minuto

06:18 - 05/05/16 por Lusa

Mundo Panamá

Porcell disse aos diplomatas que desde que teve conhecimento do caso delineou com a sua equipa uma estratégia estrutural e funcional do Ministério Público "para lidar com um caso de tal magnitude".

Assim, foi criada a Procuradoria Segunda Superior Especializada contra a Delinquência Organizada, além da Unidade de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo.

As publicações do Consórcio Internacional de Jornalistas "anteciparam este processo, utilizando os recursos necessários" para a investigação, explicou Porcell.

O consórcio, com sede em Washington, filtrou, no passado dia 03 de abril, 11,5 milhões de documentos de quase quatro décadas do escritório panamiano Mossack Fonseca, especializado na gestão de capitais e patrimónios.

Os chamados Papéis do Panamá incluem informação de mais de 214 mil empresas 'offshore' para alegadamente fugirem ao controlo fiscal em mais de 200 países.

Os embaixadores de Espanha, Venezuela, Estados Unidos, Equador, Chile, Cuba, Egito, entre outros, reconheceram o trabalho da procuradora nas referidas investigações, sobre as quais "os seus países requerem informação através dos canais apropriados", indicou o Ministério Público.

Neste encontro estiveram também os embaixadores da Alemanha, Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Costa Rica, El Salvador, México, França, Guatemala, Haiti, Índia, Indonésia, Itália, Kosovo, Líbia, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, Bélgica, Holanda, Marrocos, República Dominicana, Uruguai, Rússia, Trindade e Tobago, União Europeia e Vaticano.

O Presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, assegurou na terça-feira em Washington que o "êxito" do país "não depende da chegada irregular de dinheiro" e reiterou o seu "compromisso" com a transparência financeira, ao sublinhar que o escândalo dos 'Papéis do Panamá' é "um problema global".

"Vamos evitar que se utilize a plataforma financeira do Panamá para fins ilegais", indicou Varela no discurso de abertura da Conferência das Américas, organizada pelo Departamento de Estado norte-americano e pelo centro de estudos do Conselho das Américas.

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