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Insónia Familiar Fatal. A "maldição" que paira sobre estes irmãos

Um dia, estes irmãos não mais vão poder dormir graças a rara doença genética.

Insónia Familiar Fatal. A "maldição" que paira sobre estes irmãos
Notícias ao Minuto

12:35 - 02/05/16 por Pedro Filipe Pina

Mundo Doença

Chama-se Insónia Familiar Fatal e é uma doença tão rara quanto assustadora. Dois irmãos australianos deram voz à sua “maldição”, na esperança de chamar a atenção para uma doença sem cura e que, a qualquer dia, os pode deixar sem dormir até o corpo já não poder mais.

Hayley, de 30 anos, e Lachlan Webb, de 28 anos, são dois irmãos de Queensland, na Austrália, que contaram a sua história, num vídeo publicado pelo australiano 9Now, onde Hayley é jornalista.

Segundo o Daily Mail, esta é uma doença que afeta o cérebro e que atinge apenas uma em cada 10 milhões de pessoas. São, portanto, apenas algumas as famílias em todo o mundo que sofrem de Insónia Familiar Fatal. Mas o problema existe e as suas consequências são devastadoras.

Qualquer pessoa que tenha passado uma noite de insónia sabe o que é revirar na cama e desesperar por umas horas de sono. No caso de Hayley e Lachlan, ambos esperam o dia em que um gene sofrerá uma mutação, mutação que afeta uma proteína do cérebro e que habitualmente surge entre os 30 e os 60 anos de idade. A partir daí, vão deixar de dormir.

A tortura do sono foi um método usado por regimes ditatoriais, incluindo o Estado Novo. Pessoas que passaram pela experiência descrevem a dada altura terem sentido, por entre o cansaço, alucinações e paranoias. Estes dois irmãos poderão vir a passar por isso mesmo.

Sem descanso, além das alucinações e falta de sono progressiva, as consequências podem incluir ataques de pânico, momentos de terror e paranoia. O corpo perde massa muscular de forma acelerada e o cérebro vai perdendo faculdades, aproximando-se na demência.

Numa fase adiantada da doença há relatos de pacientes a entrar em coma e que acabarão por morrer.

A doença é, atualmente, incurável, e estes dois irmãos juntaram-se a uma campanha da Prion Alliance, à procura de fundos para estudar esta e outras doenças igualmente raras, à procura de uma cura.

[Notícia atualizada às 13h30]

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