"Eurogrupo não percebeu o que qualquer aprendiz percebia" sobre Chipre
O eurodeputado do PSD Paulo Rangel afirma em entrevista ao jornal i que “a questão de Chipre é muito grave e revela que não aprendemos nada com a crise das dívidas soberanas”. Para Rangel, o Eurogrupo não percebeu algumas coisas relativamente à crise no país que “qualquer aprendiz de política era capaz de perceber”.
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Mundo Rangel
Paulo Rangel lamenta, em entrevista ao jornal i, que “a questão de Chipre” mostre que não aprendemos nada com a crise das dívidas soberanas”. “Não ponho em causa que há dinheiro russo no país e que têm de ser os cipriotas a pagar o seu resgate, em primeira linha, como acontece com os portugueses e os gregos”, admite o eurodeputado do PSD.
Mas Rangel adianta que “há duas coisas que qualquer aprendiz de política era capaz de perceber e o Eurogrupo não percebeu”. Por um lado, indica, existe “perigo de contágio, a partir do momento em que se viola uma garantia, que até pode ser considerada injusta”. E, “em segundo lugar, a vertente política, a humilhação de uma decisão tomada de madrugada, quando um país não tem capacidade de reacção”, conclui.
Para o social-democrata “esta questão é estritamente política e altamente perturbadora e vai alimentar quem entende que a UE está a instaurar uma tutela internacional”.
Recorde-se que o Chipre vive uma situação de impasse, depois de o parlamento cipriota ter chumbado o resgate europeu ao país, no valor de 10 mil milhões de euros, devido à condição exigida pela União Europeia, de cobrar uma taxa sobre todos os depósitos no país.
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