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Mais de 300 detidos pela polícia turca em operação contra redes 'jihadistas'
As autoridades turcas detiveram hoje 302 pessoas em 39 províncias da Turquia, constituindo um marco da operação policial iniciada na sexta-feira contra simpatizantes da guerrilha curda PKK, grupos marxistas e redes 'jihadistas' próximas do grupo Estado Islâmico (EI).
© Reuters
Mundo Terrorismo
"Como parte da investigação em curso foi realizada uma operação em 39 províncias turcas, no passado dia 29 de julho, contra as organizações terroristas do EI, do PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão] e contra várias células ilegais de esquerda", lê-se num comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, citado pela agência noticiosa Anatólia.
"Neste quadro, foram detidas 1.302 pessoas desde sexta-feira, consideradas como estando vinculadas a organizações terroristas", refere o documento, acrescentando ainda que "alguns dos detidos foram levados a tribunal e encontram-se a enfrentar processos judiciais".
Ainda não existem números detalhados de prisões mas, segundo dados avançados nos últimos dias pela Anatólia, a grande maioria foi presa por suspeita de ligações com o PKK ou da sua célula YDG-H [Movimento da Juventude Patriótica Revolucionária].
As 15 pessoas detidas nos primeiros dias em Ancara, sob suspeita de pertencerem a redes do grupo EI, e entre as quais constam 11 cidadãos estrangeiros, foram todos libertados devido a falta de provas de terem, cometido um crime, informou hoje a cadeia televisiva CNNTürk.
O partido pró-curdo de esquerda e o Partido Democrático dos Povos (HDP) denunciaram que a operação policial visa atacar principalmente as suas bases, tendo a ofensiva militar como objetivo principal o PKK e não o Estado islâmico.
Essa situação foi confirmada pelo Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que salientou na terça-feira, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, que "o tema principal levado à reunião da NATO em Bruxelas foi a campanha contra a guerrilha curda".
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