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Casamento, a arma de recrutamento do Estado Islâmico

O Estado Islâmico tem-se distinguido não só pela sua brutalidade no terreno mas também pela capacidade de recrutamento, em particular em redes sociais. As promessas de casamento servem muitas vezes de arma de recrutamento, como dá conta o Huffington Post.

Casamento, a arma de recrutamento do Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

18:17 - 03/03/15 por Notícias ao Minuto

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Os militantes do Estado Islâmico continuam particularmente ativos nas redes sociais, uma ferramenta que se tornou essencial para angariar novos membros. As promessas de casamento têm sido, neste aspeto, um ponto fulcral na estratégia dos jihadistas para aumentar os seus números.

Para percebermos como é que esta estratégia funciona na prática, é preciso ter em conta que o sexo antes do casamento ainda é uma prática incomum em muitos países árabes. Esta questão, aliada às dificuldades em ter posses para poder contrair matrimónio, tem-se tornado um desafio para muitos homens em comunidades muçulmanas, como dá conta o Huffington Post.

Embora a Ocidente, o destaque seja dado muitas vezes aos militantes que se juntam ao Estado Islâmico oriundos da Europa e dos Estados Unidos, a verdade é que a maior base de recrutamento do Estado Islâmico continua a ser em territórios circundantes. A promessa de casamento surge aqui como um fator essencial para convencer alguns homens a juntarem-se aos combates que decorrem em territórios da Síria e do Iraque.

O plano, explica o Huffington Post, passa também por, desta maneira, assegurar que os novos militantes têm mais razões para se manterem fiéis ao ISIS, já que além do casamento, os jihadistas têm também direito a um salário, além de habitação.

Mas não se pense que o casamento serve só para atrair homens. Do lado feminino também serve de arma. Redes sociais como o Facebook e o Twitter têm sido palco de recrutamento para muitas jovens raparigas, muitas vezes de ambientes socioeconómicos desfavorecidos. A promessa de um casamento com um jihadista faz-se acompanhar da garantia de segurança, de habitação.

A ideia é garantir que as necessidades diárias vão sendo asseguradas aos militantes e às suas famílias. Com uma extra: as viúvas serão também heroínas por terem casado com homens que se tornaram mártires para o Estado Islâmico. Em Raqqa, uma das maiores conquistas do ISIS, haverá já um centro que agrega informações de potenciais esposas.

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