Os sete principais desafios de Jean-Claude Juncker
Jean-Claude Juncker deverá ser hoje anunciado como sucessor de Durão Barroso. O antigo primeiro-ministro luxemburguês irá assumir a posição de presidente da Comissão Europeia mas não se avizinham tempos fáceis. O Jornal de Negócios compilou os sete principais desafios para a presidência de Juncker.
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Mundo Comissão Europeia
A Europa começa já a suspirar de alívio. São suspiros ainda tímidos, mas nada afasta os receios e tremores por uma nova (pior e maior) crise. Jean-Claude Juncker deverá ser hoje anunciado como sucessor de Durão Barroso, mas os próximos cinco anos de presidência da Comissão Europeia não se avizinham fáceis.
O Jornal de Negócios compilou os sete principais desafios que o luxemburguês terá de enfrentar durante a legislatura e todos eles se assumem como autênticas ‘dores de cabeça’.
O Sistema Financeiro é o primeiro quebra-cabeças a resolver. Avançar com a União Bancária é uma prioridade mas o risco de contágio dos bancos poderá assumir-se como fatal para a economia do 'velho continente'. Embora a supervisão dos principais bancos fique a cargo do Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia assume responsabilidades num cenário que possa levar a um agravamento dos juros pagos pelos estados-membros.
Um outro desafio de Jucker diz respeito à zona euro, mais concretamente à dívida pública. O endividamento dos países, principalmente dos que se encontram ou terminaram entretanto um programa de ajustamento, é a preocupação-mor. A reestruturação da dívida deverá ser debatida nos próximos cinco anos.
David Cameron foi um dos dois governantes que votaram contra a presidência de Jean-Claude Juncker. A iminente saída do Reino Unido da União Europeia é uma questão que só o luxemburguês poderá tentar contornar, contudo, as sondagens britânicas apontam para uma tendência de saída.
Fazer trabalhar o motor da economia europeia será um dos motes da legislatura de Juncker. Numa fase em que a ‘bonança’ começa a aparecer de fininho, a tempestade está sempre presente na memória e cabe ao presidente da Comissão Europeia lutar para um aumento do PIB e do emprego europeu.
Angela Merkel é um nome que cai sempre que nem uma bomba onde quer que apareça. A chanceler alemã assume-se como a líder mais ‘temida’ e influente da Europa e é esse peso de Merkel que Juncker terá que gerir nos próximos cinco anos. A posição alemã é cada vez mais forte nas decisões europeias e cabe ao luxemburguês equilibrar este poderio.
A conclusão do Acordo do Comércio Livre não é apenas um desafio para Juncker como se assume também como uma prioridade. O antigo governante do Luxemburgo diz-se apoiante da conclusão da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os Estados Unidos, porém as divergências de interesse poderão dificultar o acordo que visa alargar o mercado de destino dos produtos europeus.
Falar na Europa é, de momento, falar também da crise que se vive na Ucrânia. A tensão na Crimeia e Kiev colocaram a Rússia no centro das atenções e Moscovo assume-se agora como um dos principais desafios externos da Comissão Europeia, uma vez que o acordo sobre as sanções a aplicar ao país de Vladimir Putin tarda a chegar entre os estados-membros.
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