"Bruxelas não pode ter um critério para Passos e outro para Costa"
Francisco Louçã debruçou-se, esta sexta-feira no seu ‘Tabu’ da SIC Notícias, sobre o Orçamento do Estado e a reação de Bruxelas ao mesmo.
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Economia Análise
O fundador do Bloco de Esquerda defende que o “Governo tem razão ao dizer que a União Europeia não pode aceitar medidas temporárias, fingindo que corrigem os problemas do défice”.
“A União Europeia fingiu que tinha havido uma corajosa correção dos problemas das contas do Estado, fechando os olhos ao facto de que as medidas eram temporárias. Há aqui dois pesos e duas medidas”, atirou.
Nesta senda, Francisco Louçã considerou que Bruxelas “não pode ter um critério para o governo de Passos e outro para o Governo de Costa”.
“E a União Europeia muito menos pode ameaçar com o chumbo do Orçamento que é algo que nunca aconteceu. E verdadeiramente não pode acontecer do ponto de vista da relação da União Europeia para com o nosso país”, esclareceu.
Ainda assim, sobraram também críticas à forma como António Costa recebeu e digeriu o parecer da UTAO no qual os técnicos especialistas identificaram a existência de “diversas irregularidades” e de “medidas que não se encontram em conformidade com o Código de Conduta para a implementação do Pacto de Estabilidade e Crescimento”.
“O Governo reagiu com alguma irritação ao parecer da UTAO e não o devia fazer. A UTAO provou ser muito independente em relação ao anterior governo e é bom que assim o continue”, apontou.
Relativamente ao Orçamento, Francisco Louçã considera que tem alguns “pontos fracos”, sendo um deles a “incerteza de poder haver uma crise financeira internacional e os juros da emissão de dívidas serem ou não afetados”.
“Estamos bem preparados para a incerteza? Com os últimos anos de austeridade ficámos pessimamente preparados. Precisávamos de ter tido mais investimento e mais criação de empregos”, rematou.
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