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Bloco quer derrubar "muro" da dívida e resolver problemas estruturais

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, reiterou hoje ser fundamental derrotar o "muro" da dívida pública e dessa forma dar resposta aos problemas das pessoas e aos "problemas estruturais" do país.

Bloco quer derrubar "muro" da dívida e resolver problemas estruturais
Notícias ao Minuto

23:11 - 28/10/16 por Lusa

Política Catarina Martins

Em Vila Real, falando num jantar com militantes, apoiantes e deputados do Bloco, Catarina Martins advogou ser necessário "responder verdadeiramente pela coesão territorial, acesso a serviços públicos, determinante para uma democracia forte".

"Há neste momento em Portugal, diria em todos os países da Europa, um problema gigantesco com o que é uma política a longo prazo. Para onde estamos nós a caminhar?", interrogou.

E continuou: "Como é que respondemos pela nossa economia, serviços públicos e emprego se não tivermos meios? Há um muro à nossa frente chamado dívida pública. E esse [muro] temos de começar a derrubar".

A bloquista assinalou o "orgulho" por terem sido dado passos já em dois Orçamentos do Estado (OE) - o deste ano e o atualmente em negociação e destinado a 2017 - para responder a alguns dos problemas dos cidadãos e do país.

Depois, a coordenadora do Bloco traçou uma analogia entre o excedente primário do país, que tem vindo a crescer, e o pagamento anual em juros da dívida.

"Somos uma máquina de fazer dinheiro. (...) Mas nada chega só para pagar os 8 mil milhões de euros só em juros da dívida. No fim vamos sempre endividarmo-nos mais porque os juros da dívida são sempre mais do que aquilo que o país tem como excedente. É com esta asfixia que temos de romper", disse.

Antes, o vice-presidente da bancada bloquista Jorge Costa realçou que a esquerda já foi capaz de "atingir resultados que mudam a vida das pessoas, mesmo sem as ruturas que o PS nunca quis antes das eleições".

"Temos que responder serenamente: o que estamos a fazer é o que nos comprometemos a fazer antes das eleições, na campanha eleitoral, e no dia seguinte às eleições", continuou o dirigente do BE.

E admitiu: "Vamos votar este OE e defendê-lo na Assembleia da República, nas ruas, com todas as pessoas com quem discutimos política e o país".

O Bloco fechou hoje com um jantar em Vila Real o primeiro de dois dias de jornadas parlamentares em Trás-os-Montes.

Pedro Filipe Soares, líder da bancada bloquista, apresentará iniciativas legislativas no final dos dois dias de trabalho, foi já revelado pelo BE.

As jornadas têm a particularidade de acontecer numa altura em que o Orçamento se prepara para ser discutido e votado na generalidade - 03 e 04 de novembro -, tendo já Catarina Martins anunciado o voto favorável dos bloquistas na generalidade à proposta de OE.

"O BE cumpre os seus compromissos e este OE, objetivamente, aumenta rendimentos do trabalho, cumpre o compromisso de não precarizar e privatizar mais, de não aumentar os bens essenciais. No deve e no haver, em 2017, quem vive do trabalho será mais respeitado e, por isso, o BE vai votar a favor na generalidade", afirmou já a coordenadora do partido.

Depois, dar-se-á o período de discussão na especialidade, com possíveis alterações ao documento, e votação final global do texto está marcada para 29 de novembro.

As últimas jornadas do BE realizaram-se em maio no Alentejo.

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