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Guterres espera que 25 de Abril inspire "projecto europeu renovado"

O ex-primeiro-ministro António Guterres disse esta sexta-feira esperar que a revolução de 25 de Abril de 1974 possa, 39 anos depois, servir de inspiração a um "projecto europeu renovado".

Guterres espera que 25 de Abril inspire "projecto europeu renovado"
Notícias ao Minuto

12:47 - 26/04/13 por Lusa

Política Ex-primeiro-ministro

O Alto Comissário para os Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) falava à entrada para a cerimónia do Dia Municipal de Belmonte, onde hoje foi homenageado.

Escusando-se a comentar as intervenções políticas das cerimónias oficiais do 25 de Abril, realizadas na quinta-feira na Assembleia da República, Guterres disse esperar que "o 25 de Abril possa inspirar as lideranças europeias para que seja possível um projecto europeu renovado".

"Se a Europa for capaz de ser solidária e politicamente mais unida, há soluções" para a crise, afirmou.

De outra forma, considerou que será "muito difícil a cada país, por si, superar o que são hoje as circunstâncias das economias e das sociedades".

Neste cenário, o ex-primeiro-ministro gostaria que, ao celebrar-se o 25 de Abril, a data "mais importante" que já viveu "enquanto cidadão", se pudesse assinalar o "retomar da esperança" na Europa.

"Uma das coisas que custa muito ver, e não é só em Portugal", é haver "tantos jovens sem possibilidade de emprego, tantos novos pobres, tanta gente que vive esta crise com enormes dificuldades, e ver com tristeza que a Europa não é capaz de se assumir na solidariedade e num projecto que nos possa fazer sair desta camisa de forças", disse António Guterres.

O ex-primeiro-ministro foi hoje homenageado pela Câmara de Belmonte, que decidiu dar o nome do antigo governante a uma das ruas da vila.

Guterres confessou sentir uma "afeição especial" pelo concelho, que representou "durante mais de 20 anos" enquanto eleito na Assembleia da República pelo distrito de Castelo Branco e destacou "o património cultural admirável de Belmonte, desde os romanos as nossos dias", a existência de uma comunidade judaica e o facto de ser a terra natal de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil.

"Não sou dado a estas coisas", referiu, numa alusão à distinção que hoje recebe, mas "quando o presidente da Câmara quis fazer [esta homenagem], não fui capaz de recusar", concluiu.

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