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"No CDS, toda a gente acha que a atitude certa é calar e andar"

Francisco Louçã reagiu esta quinta-feira às declarações de Assunção Cristas que admitiu que se fosse brasileira não votava nem em Haddad nem em Bolsonaro.

"No CDS, toda a gente acha que a atitude certa é calar e andar"

As declarações de Assunção Cristas sobre as eleições no Brasil, que se realizam no próximo domingo, dia 28, estão a causar polémica. A líder centrista admitiu, em entrevista ao Público e Rádio Renascença, que se fosse brasileira “entre Bolsonaro e Haddad, escolhia não votar”.

Depois de Isabel Moreira ter acusado Assunção Cristas de ter uma “cabeça simples” por achar que estaria a escolher “entre corrupção e ditadura” foi a vez de Francisco Louçã criticar a postura e as palavras da líder do CDS-PP.

É tão chique, a indiferença perante o fascismo”, começa por dizer o fundador do Bloco de Esquerda sublinhando que “Bolsonaro é da família” de Assunção Cristas, visto que, ela é de centro-direita, mas que é visto pelo CDS como um parente que “cheira mal”.

Louçã recorda, na publicação feita no Facebook na tarde desta quinta-feira, que o mesmo argumento, de não votar nem no candidato de extrema-direita (PSL), Jair Bolsonaro, nem no candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, já foi repetido pelos também centristas Nuno Melo e Adolfo Mesquita, e que essa postura, “contrasta nitidamente” com a atitude de Freitas do Amaral, fundador do CDS, que não só tomou atitude contra Bolsonaro “como se empenhou em mobilizar opiniões para a derrota do fascista”.

Para o antigo líder do Bloco de Esquerda não há dúvidas de que “no CDS, toda a gente acha que a atitude certa é calar e andar” e que o que está em questão é o Brasil continuar a ser uma democracia ou virar ditadura.

“A desculpa da direita, alegando dois 'extremismos' é somente um voz de ódio e uma forma de justificar o silêncio perante Bolsonaro. A realidade é que Haddad defende a democracia e respeita a liberdade, e essa diferença faz toda a diferença”, alega.

Louçã é ainda mais duro nas últimas palavras da publicação. Acusa Cristas de ter “puro gosto do desastre”, de “fechar os olhos” às ameaças fascistas de Bolsonaro e ainda de ser “indiferente” à liberdade que, segundo o bloquista, “é uma coisa tão relativa para ela”.

Recorde-se que, o Brasil vai a eleições este domingo. De acordo com a sondagem do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), divulgada na noite de terça-feira, Jair Bolsonaro tem 57% das intenções de voto dos brasileiros, contra 43% de Fernando Haddad.

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