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Eutanásia: "Se não houver referendo para esta matéria, para que serve?"

Marques Mendes considera que Bloco e António Costa são os grandes derrotados da votação da última terça-feira no Parlamento sobre a despenalização da eutanásia. CDS, PCP e Fernando Negrão são os grandes vencedores na ótica do comentador, que defende um referendo à eutanásia.

Eutanásia: "Se não houver referendo para esta matéria, para que serve?"
Notícias ao Minuto

22:32 - 03/06/18 por Pedro Bastos Reis

Política Marques Mendes

No seu espaço de comentário habitual no Jornal da Noite da SIC Notícias, Luís Marques Mendes defendeu que a eutanásia deve ir a referendo e apontou os vencedores e vencidos da votação parlamentar da última terça-feira, em que a maioria do Parlamento votou contra quatro projetos que previam a despenalização da eutanásia.

Começando por elogiar o debate “civilizado e com sentido de maturidade política” em torno da eutanásia, o comentador salientou ainda os “grandes aspetos políticos”, referindo-se a Catarina Martins e ao Bloco de Esquerda, assim como a António Costa, como os grandes derrotados da votação. Já no que diz respeito aos vencedores, Marques Mendes elencou o CDS-PP de Assunção Cristas, o PCP de Jerónimo de Sousa e a liderança de Fernando Negrão à frente da bancada parlamentar do PSD.

Para o ex-líder do PSD, o Bloco sai derrotado porque “agrava as relações com o PCP”, ao passo que os comunistas, demonstraram “uma grande solidez”, com Jerónimo de Sousa a mostrar que o partido “não anda ao sabor dos acontecimentos”.

Para além de Catarina Martins, Marques Mendes apontou António Costa como um dos principais derrotados da votação, uma vez que o primeiro-ministro “foi a reboque do BE e não garantiu convergência da coligação à Esquerda” o que, na análise do comentador, “prejudica um pouco a ideia que ele [Costa] tem para a maioria absoluta”

Os dois restantes vencedores, na ótica de Marques Mendes, são Assunção Cristas e Isabel Galriça Neto, do CDS, que “levaram os seus pontos de vista até ao fim, numa caminhada muito consistente”. O ex-líder social-democrata deixou ainda uma palavra de apreço ao líder da bancada parlamentar do PSD,  Fernando Negrão, que “geriu bem esta situação, afirmou corajosamente a sua posição pelo ‘Não’, diferente da do líder, fez uma intervenção da qualidade, na linha de António Filipe [do PCP], e conseguiu, no essencial, uma grande unidade dos deputados do grupo parlamentar”.

Ao contrário de muitos deputados e barões do PSD, Marques Mendes não critica Rui Rio pelo facto de este ser a favor da eutanásia. Pelo contrário, elogia-o por “não trocar convicções por conveniências”. Contudo, o comentador tece críticas ao presidente do PSD.

“Rio Rio merece ser criticado, sim, porque ele não assumiu, ainda, uma única proposta diferente ou alternativa ao Governo”, começou por criticar o comentador. “Parece que o PSD é muleta do Governo. Parece que Rui Rio é o número dois de António Costa. Parece que António Costa tem uma geringonça à Esquerda e tem um bloco central informal à Direita e ao Centro”, rematou.

Ainda sobre a questão da eutanásia, Marques Mendes frisou que o assunto deve ir a referendo. “Espero que vá a referendo um dia mais tarde. São questões transversais na sociedade portuguesa e acho que devem ser decididas pelos portugueses em referendo. Se não houver um referendo para esta matéria, quando é que vai haver um referendo, para que é que serve?”, questionou.

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