Trabalhadores do IPMA em greve por reposição de suplemento retirado
Trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos vão continuar a lutar pela reposição do suplemento de embarque e mergulho que lhes foi retirado em 2012.
© Global Imagens
País FNSTFPS
Entre o cumprimento do défice e o interesse nacional, Governo opta pelo primeiro”, acusa a Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a propósito da situação dos trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em causa estão exigências a que, até agora, “o Governo continua sem dar resposta”, nomeadamente a reposição do suplemento de embarque e mergulho, que lhes foi retirado em 2012, apesar de ter sido posto em causa o cruzeiro de investigação, relativo à avaliação dos ‘stocks’ da sardinha, devido à greve levada a cabo entre o dia 9 e o dia 24 de Abril.
De referir que, no passado dia 19, data prevista para a saída do navio ‘Noruega’ da doca de Pedrouços, os trabalhadores entraram em greve, impedindo o início do cruzeiro de cerca de um mês, não se perspetivando quando o mesmo poderá concretizar-se, atendendo a que há já um novo período de greve anunciado de 2 a 18 de maio, anuncia a Federação.
Apesar de o Governo ter transmitido, no próprio dia 19, “preocupação pela possibilidade de este cruzeiro não se realizar ou ser adiado” - uma vez que o mesmo serviria para confirmar o aumento dos stocks de sardinha - , a Federação diz que essa preocupação se “esfumou nas horas imediatas”.
“O respeito pelas regras do défice – leia-se, pelas regras de retirar direitos aos trabalhadores! - parece ter-se sobreposto ao interesse nacional de dinamização do sector da pesca da sardinha”, acusa a Federação dos Trabalhadores. E acrescenta: “E deste modo, o alargamento da percentagem da remuneração correspondente a horas extraordinárias a receber pelos trabalhadores não se pode concretizar, apesar de estarmos a falar de um processo que abrange, no máximo doze trabalhadores”.
Acusando o Governo de “voltar a pôr em primeiro lugar os interesses dos outros, em detrimento dos interesses do país”, a FNSTFPS reforça que os trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos vão prosseguir a sua luta com nova greve a partir do dia 2 de maio. “Os trabalhadores do IPMA preparam já uma greve de solidariedade, no próximo dia 4 de maio”
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