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Trabalhadores lamentam ausência em grupo que analisará transferência

Os representantes dos funcionários do Infarmed lamentaram hoje o facto de não haver um seu representante no grupo de especialistas que avaliará a questão da transferência da instituição para o Porto, disse o presidente da Comissão de Trabalhadores.

Trabalhadores lamentam ausência em grupo que analisará transferência
Notícias ao Minuto

21:26 - 11/12/17 por Lusa

País Infarmed

"Uma das coisas que lamentamos junto do ministro [da Saúde, Adalberto Campos Fernandes] foi o facto de a comissão de trabalhadores não estar incluída neste grupo de trabalho. Nós dissemos que era fundamental a comissão de trabalhadores estar representada. Mas, mais uma vez, fomos colocados à parte", declarou à Lusa o presidente da Comissão de Trabalhadores (CT) do Infarmed, Rui Spínola.

A comissão de trabalhadores do Infarmed reuniu-se hoje à tarde com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

"[ O ministro] informou-nos que amanhã (terça-feira) será publicado em Diário da República, um despacho nomeando um grupo de trabalho", disse ainda Rui Spínola.

"Este grupo de trabalho tem como objetivo, nos próximos seis meses, produzir um relatório técnico-científico com as implicações económicas e financeiras, e que este grupo de trabalho não está condicionado ao poder político", de acordo com o ministro, acrescentou o responsável da CT.

Adalberto Campos Fernandes manifestou-se no sábado, em Bruxelas, convicto de que "a decisão política" do Governo sobre o Infarmed "será suportada" pela avaliação técnica e científica rigorosa de um grupo de trabalho "muito qualificado".

O anúncio feito pelo ministro de Saúde de transferir a sede do Infarmed de Lisboa para o Porto apanhou de surpresa os trabalhadores da instituição quando foi divulgado, em novembro.

A esmagadora maioria dos funcionários manifestou já que não está disposta a ir para o Porto.

"O Governo terá em conta o relatório produzido por este grupo de trabalho na decisão final", afirmou Rui Spínola.

"Nós vamos partir do princípio que este grupo é completamente isento, sem condicionalismo políticos. Nós, a comissão de trabalhadores, estamos convictos que no final o relatório produzido irá de encontro com a nossa expectativa desde o primeiro dia", acrescentou.

Rui Spínola indicou que os trabalhadores estão "convictos que nem este ministro da Saúde, nem o Governo tomarão uma decisão que irá prejudicar o Infarmed, a instituição e a sua missão.

"Se o grupo fizer um trabalho isento, no final as conclusões serão muito parecidas com aquelas que temos desde o primeiro dia. Nós demonstramos toda a nossa vontade de participar no grupo de trabalho, sempre que assim seja solicitado, representarmos os trabalhadores do Infarmed e fazermos parte da solução", disse ainda o presidente da comissão de trabalhadores do Infarmed.

Durante a reunião, Rui Spínola disse que transmitiram a Campos Fernandes "que as linhas vermelhas traçadas pelo senhor ministro na última reunião tinham sido atingidas, quer a vontade demonstrada pelos trabalhadores, quer a missão do Infarmed (...)".

A comissão de trabalhadores do Infarmed já havia indicado que a reprovação dos trabalhadores relativa a uma eventual transferência e o "risco da continuidade da missão do Infarmed" estão comprovados.

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