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Arriba que desmoronou não estava identificada "perigo iminente"

A arriba que hoje desmoronou parcialmente na praia Maria Luísa, em Albufeira, não estava identificada como sendo de risco iminente, disse o diretor regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Arriba que desmoronou não estava identificada "perigo iminente"
Notícias ao Minuto

17:25 - 07/08/16 por Lusa

País APA

Segundo Sebastião Teixeira, as arribas "são, por natureza, instáveis" e, por isso, "põem cair a qualquer momento", sendo que 80 por cento das arribas caem devido à ação direta do mar e da chuva, enquanto 20 por cento é por atingirem o limite.

"Pode acontecer a qualquer momento uma arriba desmoronar sem aviso prévio, como aconteceu hoje", frisou aquele responsável, em declarações aos jornalistas, junto à entrada da praia Maria Luísa.

A derrocada aconteceu hoje perto das 13:00 no lado poente daquela praia do concelho de Albufeira, exatamente no extremo oposto ao local onde, a 21 de agosto de 2009, um desmoronamento provocou a morte a cinco pessoas.

Sebastião Teixeira reiterou ainda que as arribas "são sempre instáveis" e que "nascem para cair", embora não se consiga precisar o momento em que vão cair.

Aquele responsável sublinhou que o risco que as pessoas correm ao frequentarem zonas assinaladas como perigosas é "uma decisão pessoal", chamando a atenção para o número de banhistas que ainda continuam a desrespeitar os avisos.

A colocação de barreiras para que os banhistas não acedam a esses locais é "uma equação impossível" devido à ação do mar, pois obrigaria a que fossem substituídas a cada 12 horas, com a subida da maré, concluiu.

Ao final do dia, quando a maré atingir o ponto mais baixo, as autoridades vão regressar ao local com máquinas para remover os escombros e confirmar definitivamente que não há pessoas soterradas.

Há uma equipa de mergulhadores a marcar a zona onde se registou a derrocada e técnicos da APA estão também no local a avaliar se as falésias contíguas apresentam fissuras ou risco de uma nova derrocada.

Os banhistas devem manter uma distância de segurança relativamente às arribas que é 1,5 vezes a altura da falésia.

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