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Secretário de Estado defende aposta na prevenção de incêndios

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, afirmou hoje que devem ser disponibilizadas mais verbas e apostar na prevenção dos incêndios, referindo que é preciso "trabalhar nesse sentido entre outubro e maio".

Secretário de Estado defende aposta na prevenção de incêndios
Notícias ao Minuto

20:35 - 14/04/16 por Lusa

País Jorge Gomes

"O programa de combate aos incêndios florestais tem 70 milhões de euros, mas é preciso gastar algum deste dinheiro para se evitar. Temos que sensibilizar para esta matéria, pois temos uma área florestal grande que é preciso limpar", disse, durante a apresentação do Plano de Operações Distrital relativo ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2016 para o Distrito de Setúbal, que decorreu hoje no Seixal.

O secretário de Estado referiu que "não é preciso" preparar esta fase como se o país fosse "para a guerra".

"Temos que trabalhar de outubro a maio, vou empenhar-me nesse sentido e quero ter a companhia dos presidentes de Câmaras, para ter mais força", salientou, elogiando o papel das autarquias na ajuda às corporações de bombeiros.

O secretário de Estado da Administração Interna, perante uma sala cheia, aproveitou também para reforçar as suas declarações: "Não perceberam bem o que disse. Eu disse que preferia antes ter 10 mil hectares ardidos do que um bombeiro ferido, porque, se falamos em morte, admito que prefiro que arda o país todo".

Jorge Gomes referiu que durante a 'Fase Charlie', que decorre entre julho e setembro, estão mais de 10 mil pessoas empenhadas, com duas mil viaturas e 47 meios aéreos.

"Não há razões para correr mal. Admito que estes recursos sejam mais do que suficientes", defendeu.

Jorge Gomes disse ainda que existem 14 milhões de euros para a requalificação de quarteis e 10 milhões de euros para a renovação de viaturas, em maio e outubro, explicando que os apoios se vão manter também em 2017.

Patrícia Gaspar, Comandante Operacional Distrital de Setúbal (CODIS), lembrou que no ano de 2015 se registaram mais de 800 ocorrências no distrito, mais do dobro do que em 2014, mas que o aumento não teve correspondência em área ardida.

"2015 foi um ano difícil e Setúbal não foi exceção, mas tivemos zero vitimas, que é o número mais importante. Apesar de mais ocorrências, a área ardida foi de 296 hectares, a segunda menor no país", salientou.

A CODIS afirmou que durante a 'Fase Charlie' vão existir 327 operacionais no distrito, 88 veículos e oito postos de vigia, existindo a possibilidade de serem reforçados.

"Queremos baixar o número de reacendimentos, com números que o ano passado não nos agradaram e vamos ter um Centro de Meios Aéreos em Grândola, com o Montijo em 'stand-by' e pronto a ser ativado. Apesar de tudo, não podemos ficar sentados agarrados às boas estatísticas", concluiu.

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