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Imigrantes ilegais no Canadá geram instabilidade social

A vereadora luso-descendente da Câmara Municipal de Toronto, no Canadá, Ana Bailão, alertou que os imigrantes que ficam no país em situação ilegal geram "grande instabilidade social".

Imigrantes ilegais no Canadá geram instabilidade social
Notícias ao Minuto

11:42 - 07/06/15 por Lusa

País Toronto

Ana Bailão referiu que muitos dos imigrantes que não conseguiram residência permanente estão a optar por ficaram na cidade, mesmo numa situação ilegal, pois a qualidade de vida "é melhor do que nos seus países de origem", o que causa "uma grande instabilidade social" em Toronto.

"Já chamámos a atenção ao Governo Federal para este facto, mas não temos a responsabilidade de estar a fiscalizar na cidade a política de imigração do Governo Federal", realçou a luso-canadiana.

A 01 de abril, os contratos de trabalho para muitos dos trabalhadores estrangeiros temporários efetuados há quatro anos cessaram e quem não conseguiu a residência permanente ficou ilegal no país, lembrou a vereadora do Bairro 18, localizado na Davenport.

Calcula-se que existem em Toronto entre 80 mil e 200 mil emigrantes ilegais, mas devido à política de imigração de Otava, é um valor que pode aumentar.

"Se eles estão a criar uma política de imigração que não corresponde ao mercado de trabalho, que tem no fundo a porta aberta para criar mais emigração ilegal, não deveremos ser nós em Toronto e a polícia a garantir o cumprimento da política de imigração deles", disse.

A Assembleia Municipal de Toronto aprovou em 2014 uma lei que facilitando o acesso aos serviços dos indocumentados sem a obrigatoriedade de justificarem se são imigrantes, incluindo à polícia.

Recentemente, a Câmara de Toronto solicitou à polícia esclarecimentos sobre as informações partilhadas com a Agência dos Serviços das Fronteiras Canadianos (CBSA, sigla em inglês).

"Estamos a observar e a ouvir muitos relatórios que estão a dizer o contrário, o que nos preocupa. Sabemos que há vítimas de violência doméstica, pessoas que podem ser testemunhas de crimes e que não se dirigem à polícia porque têm medo, porque não está claramente justificado se a polícia partilha essa informação com o CBSA", disse.

"Queremos que a polícia nos justifique isso, porque aprovámos uma lei que pretendemos que seja também seguida pela polícia", referiu Ana Bailão.

Entretanto, Meaghan Gray, do gabinete de Comunicação da Polícia de Toronto, explicou à agência Lusa que a política daquela força de segurança é "não solicitar a vítimas e testemunhas o seu estatuto de imigração, a não ser que existam motivos específicos".

No entanto, durante uma investigação, se a polícia tiver conhecimento de que uma pessoa está no Canadá ilegalmente "deve notificar as autoridades de imigração", disse.

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