"Pena de morte é retrocesso que não se pode tolerar"
O histórico líder do CDS dá hoje uma entrevista ao jornal i na qual condena os ataques terroristas que atingiram Paris na semana passada. Para Adriano Moreira, trata-se de “uma agressão contra os ocidentais” e um “atentado contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sobre a pena de morte que Marine Le Pen prometeu caso seja eleita, o centrista é perentório: "Pena de morte é um retrocesso que não se pode tolerar".
© Global Imagens
País Adriano Moreira
Adriano Moreira considera que os ataques terroristas que abalaram Paris e o mundo não são apenas um atentado contra a liberdade de expressão.
“Inscrevem-se na agressão contra os Ocidentais e é, antes de mais, um atentado à Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirmou o histórico centrista ao jornal i.
Na mesma entrevista, o ex-ministro do Ultramar explicou que todos os ataques “são determinados por interesses”, mas que a “novidade trazida pelo terrorismo islâmico é que passou a inscrever valores religiosos no conceito estratégico de combate”.
“E quando há elementos religiosos a violência e a crueldade aumentam”, apontou.
Apesar de tudo, Adriano Moreira lembra que “não devemos confundir os muçulmanos todos com os extremistas”.
Sobre a manifestação de apoio que teve lugar ontem em Paris e um pouco por todo o mundo, o histórico do CDS garante que fez com que os objetivos do atentado “falhassem”.
“Um dos objetivos destes atentados é cortar a confiança entre a sociedade civil e os governos. Mas falhou. Como se viu na manifestação em Paris”, atirou.
Por fim, relativamente às declarações de Marine Le Pen, a líder do partido de extrema-direita francês, que assegurou que se for eleita irá ‘ressuscitar’ a pena de morte, Adriano Moreira garante que voltar a ter a pena capital “é um retrocesso” que também “não se pode tolerar”.
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