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Funchal. MP já tem certidão de óbito de condutor que se despistou em 2019

A certidão de óbito do motorista do autocarro de turismo que se despistou na Madeira em 2019, provocando 29 mortes e 27 feridos, que era o único arguido no processo de inquérito, já deu entrada nos serviços do Ministério Público.

Funchal. MP já tem certidão de óbito de condutor que se despistou em 2019
Notícias ao Minuto

12:28 - 17/05/23 por Lusa

País Madeira

"O assento de óbito já foi junto ao inquérito", confirmou a coordenadora do MP na Madeira, numa informação enviada hoje à agência Lusa.

O motorista, com 62 anos, morreu em 10 de maio, tendo estado internado no Hospital dos Marmeleiros e depois em cuidados paliativos na unidade hospitalar Dr. João de Almada.

Contactado pela Lusa, o MP indicou, no dia seguinte, ainda não ter recebido o documento.

"O processo não havia seguido para a fase de julgamento, aguardando neste momento a tradução para alemão de diligências necessárias com vista à notificação relativamente aos feridos e familiares de falecidos", acrescentou na altura.

Com a sua morte, extingue-se a responsabilidade criminal no processo, que continuava em fase de instrução, o que leva ao arquivamento.

Em 17 de abril de 2019, pelas 18h30, um autocarro de turismo despistou-se na Estrada da Ponta da Oliveira, no concelho de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal.

No autocarro, que caiu em cima de uma habitação, depois de o motorista ter perdido o controlo do veículo, seguiam 55 passageiros que se deslocavam para um jantar típico, num restaurante no Funchal.

As vítimas mortais - 17 mulheres e 12 homens - eram todas de nacionalidade alemã e tinham entre 40 e 50 anos.

Dos 27 feridos, dois eram de nacionalidade portuguesa (o motorista e a guia intérprete que acompanhava o grupo).

Oito meses depois do acidente, em 19 de dezembro de 2019, o Ministério Público requereu o julgamento, em tribunal coletivo, do motorista do autocarro, "pela prática de 29 crimes de homicídio por negligência".

Na informação divulgada na altura pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) referia-se que o homem era também acusado de três crimes de ofensa à integridade física por negligência.

"O processo tem há mais de um ano a acusação deduzida, foram notificados os ofendidos para deduzirem pedido cível", disse à Lusa a advogada do arguido.

A defensora adiantou ainda que foi notificada da acusação, mas, por discordância, requereu a "abertura da instrução, estando a aguardar despacho sobre a sua aceitação e a consequente realização das diligências requeridas, e posterior debate instrutório".

Quanto à perícia do autocarro, foi efetuada pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que concluiu não ter existido "qualquer problema com o motor ou carroçaria".

Leia Também: Morreu o motorista do autocarro que se despistou na Madeira em 2019

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