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Intervenção de capitães de Abril sem "indicação"

O gabinete da presidente do parlamento disse à Lusa que "ainda não há qualquer indicação" sobre uma eventual participação dos militares na cerimónia do 25 de Abril, lembrando que Vasco Lourenço participará em três eventos do programa das comemorações.

Intervenção de capitães de Abril sem "indicação"
Notícias ao Minuto

16:59 - 09/04/14 por Lusa

País Assunção Esteves

"Ainda não há qualquer indicação sobre este assunto", respondeu o gabinete de Assunção Esteves à Lusa.

A Lusa questionou o gabinete da presidente da Assembleia da República sobre qual a posição de Assunção Esteves relativamente a uma eventual intervenção dos militares de Abril na sessão solene, se a matéria será discutida na próxima conferência de líderes (marcada para dia 23 de abril) e se está em cima da mesa que os capitães falem numa outra sessão que não a solene.

Na resposta, o gabinete da presidente não prestou mais esclarecimentos, recordando apenas que há três eventos do programa de comemorações da Assembleia da República em que Vasco Lourenço e a Associação 25 de Abril, de que é presidente, confirmaram presença: a homenagem a Marques Júnior, a inauguração da exposição "o nascimento de uma democracia" e o lançamento da moeda comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril.

Fontes do grupo de trabalho das comemorações dos 40 anos da revolução disseram à Lusa que a eventual intervenção de militares representantes do movimento dos capitães na sessão solene que se realiza no plenário da Assembleia nunca foi objeto de discussão por aquele grupo de trabalho, formado por deputados de todos os grupos parlamentares e cujas decisões são tomadas por consenso.

O jornal i avança hoje que PSD e CDS-PP se opõem à intervenção dos militares na sessão solene, na qual não participam há dois anos.

O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, disse em março que só no caso de os militares usarem da palavra na cerimónia é que os conseguiriam convencer a participar, respondendo ao convite de Assunção Esteves.

Contactados pela Lusa, PS e PCP reiteraram que se pronunciarão sobre a matéria quando for colocada na conferência de líderes.

O BE respondeu aguardar igualmente que o tema seja suscitado na conferência de líderes e, quanto à participação dos militares, afirmou esperar "que as suas intervenções possam ser enquadradas no âmbito das celebrações desse dia".

No ano passado, a Associação 25 de Abril voltou a não estar presente na sessão solene comemorativa do aniversário da revolução de 1974, como aconteceu em 2012, por considerar que o atual ciclo político está contra os seus ideais e valores.

No ano passado, em comunicado, a Associação justificou a decisão por considerar que "a linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa" e que "o poder político que atualmente governa Portugal, configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores".

A Associação sublinhava que a sua ausência da sessão solene "não visa as instituições de soberania democráticas, não pretendendo confundi-las com os que são seus titulares e exercem o poder".

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