Meteorologia

  • 16 MAIO 2024
Tempo
20º
MIN 14º MÁX 21º

Misericórdias: Verba para equipamentos sociais é "francamente pequena"

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) defendeu hoje que a verba de 583 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência para equipamentos e respostas sociais é "francamente pequena", apesar de admitir que "parece magnífica".

Misericórdias: Verba para equipamentos sociais é "francamente pequena"
Notícias ao Minuto

21:59 - 18/02/21 por Lusa

País Misericórdias

O Plano de Recuperação e Resiliência foi colocado em discussão pública na terça-feira, estando previsto nesta versão 583 milhões de euros para investimento em equipamentos e respostas sociais, dos quais 417 milhões de euros para o aumento do número de vagas em lares, creches ou equipamentos para pessoas com deficiência e requalificação dos já existentes.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) revelou que o organismo criou uma equipa para analisar o documento e eventualmente fazer propostas de alteração.

"Assim numa primeira vista, o que nos parece é que o programa é magnífico no seu conjunto. É uma verba muito significativa, é uma verba magnífica, mas nós já detetámos que na área dos equipamentos sociais a verba que estamos a falar de 583 milhões de euros é uma verba que não é muito significativa porque nós sabemos que há um número muito grande de lares que precisam de ser profundamente revistos, como esta pandemia veio demonstrar", defendeu Manuel Lemos.

Falando sobretudo em relação aos equipamentos das misericórdias, mas admitindo que se trata de uma situação que afeta genericamente todas as instituições, Manuel Lemos frisou que a "grande maioria" dos 2.010 lares atualmente existentes precisam ser modernizados.

"Para construir aquilo que toda a gente reclama, que é um lar do futuro, essa verba é francamente pequena", defendeu, acrescentando que, apesar de ser uma "verba importante", precisa ser aumentada significativamente.

Por outro lado, disse que é também preciso que seja especificado qual a verba destinada à Rede Nacional de Cuidados Continuados, adiantando que, sobre essa matéria, a UMP pretende questionar o governo para "perceber melhor" qual o montante previsto.

Referiu também que é preciso esclarecer se as instituições do setor social podem ou não candidatar-se a verbas destinadas a projetos de eficiência energética.

Manuel Lemos disse que o PRR foi enviado a todas as misericórdias e que estão ainda a recolher sugestões, tendo em conta que o documento está disponível para consulta pública até ao dia 01 de março.

Referiu ainda que a UMP pretende depois avaliar com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) e o restante setor social se apresentam em conjunto um documento com as respetivas propostas de alteração.

O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.

Depois de um rascunho apresentado à Comissão Europeia em outubro passado e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou hoje a versão preliminar e resumida do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em consulta pública, no qual estipula "19 componentes, que integram por sua vez 36 reformas e 77 investimentos".

Previsto está que a maior fatia (61%) das verbas do PRR se destine à área da resiliência, num total de 8,5 mil milhões de euros em subvenções e de 2,4 mil milhões de euros em empréstimos.

Leia Também: IPSS e Misericórdias dos Açores com feriado na terça-feira de Carnaval

Recomendados para si

;
Campo obrigatório