Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 12º MÁX 17º

Apoiar doentes crónicos e promover envelhecimento ativo em Faro

O encaminhamento de doentes crónicos ou cuidadores para os apoios adequados e a promoção do envelhecimento ativo são dois dos principais impactos do Espaço Saúde em Diálogo (ESD) de Faro, em 10 anos de atividade, disse hoje a coordenadora.

Apoiar doentes crónicos e promover envelhecimento ativo em Faro
Notícias ao Minuto

16:18 - 26/09/19 por Lusa

País Faro

O trabalho e o impacto na comunidade foi hoje o tema de uma conferência no hospital de Faro para fazer um balanço da primeira década de atividade do ESD de Faro, que a sua coordenadora, Alda Martins, classificou à agência Lusa como "muito positivo" e que se quantificou em 686 atendimentos psicossociais, durante o ano de 2018.

"Faço um balanço muito positivo destes 10 anos de atividade, não só nestas questões de ajudar quem nos procura a encontrar estratégias positivas de lidar com as limitações inerentes a qualquer doença crónica, mas também na promoção da saúde, através de rastreios ou de um programa de promoção do envelhecimento ativo", afirmou Alda Martins.

A coordenadora do ESD de Faro explicou que este foi o primeiro espaço a ser lançado no país, com o apoio do Alto Comissariado para a Saúde, e a sua experiência está a ser replicado em Lisboa e no Porto, sendo a dinamização de atividades para pessoas com mais de 60 anos uma preocupação "cada vez maior", porque a "população está a envelhecer" e "cada vez mais isolada em casa".

Alda Martins considerou que, quando foi criado, o ESD de Faro pretendia constituir-se como "uma loja do cidadão para os doentes crónicos", onde "eles pudessem chegar e tivessem informação sobre a sua doença, as respostas possíveis, as estratégias, de uma forma humana e que também lhes permitisse sentirem-se valorizados e acarinhados".

Atualmente, o espaço de Faro recebe "pessoas de todo o Algarve" que "têm um diagnóstico ou uma dificuldade a lidar com um aspeto da sua doença" ou "cuidam alguém", encaminhando-as depois para a Plataforma Saúde em Diálogo, Instituição Particular de Solidariedade Social "formada por 52 associações de doentes crónicos, promotores de saúde, profissionais de saúde e consumidores", afirmou a coordenadora.

"Torna-se fundamental fazer isso no Algarve porque é uma região muito desprotegida em termos de saúde, em termos de literacia na saúde temos indicadores muito baixos e, desta forma, conseguimos não só melhorar os indicadores, mas ajudar as pessoas e fazer a ponte com as associações que estão muito longe do Algarve", frisou.

Alda Martins disse que a conferência, marcada para as 16:00, pretende também "refletir sobre o que foi feito, o que é feito e sobre as necessidades que o Algarve ainda tem, para se poder dar respostas no futuro", e conta com a participação de parceiros como o Centro Hospitalar Universitário ou a Administração Regional de Saúde.

Questionada sobre a eventual prevalência de alguma patologia nos atendimentos realizados, a mesma fonte respondeu que "não" e esclareceu que "existe um bocadinho de tudo, desde lúpus, doenças autoimunes, doenças reumáticas, Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla", mas com maior impacto das doenças em que existe uma menor informação.

Quanto ao futuro, Alda Martins antecipou que a Plataforma pode ter um "papel muito importante na reflexão sobre o cuidador informal", além de continuar com os atendimentos e apoio à comunidade do distrito de Faro.

"Acredito que parte do nosso trabalho futuro tenha muito a ver com esse novo estatuto, prestando informações à comunidade sobre o que é que os cuidadores informais, aqueles que cuidam todos os dias [de doentes crónicos], podem fazer, quais são os seus direitos e deveres", argumentou.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório