"Reunir e motivar" para ter um Exército mais "coeso e solidário"
O Chefe do Estado-Maior do Exército, general Nunes da Fonseca, apontou hoje como primeiro desafio "reunir e motivar" o ramo, que apresenta "clivagens" e necessidade de reforço da "coesão e espírito solidário".
© Global Imagens
País Nunes da Fonseca
"Poderíamos dizer e sentimos isso, o Exército, não digo que se tenha fragmentado, mas abriu algumas zonas de eventual clivagem (...) O Exército é uno, não é por acaso que usamos uniforme, temos de estar coesos e solidários", afirmou Nunes da Fonseca.
Segundo o CEME, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, "até na sociedade se notou qualquer coisa em torno do Exército que não traduzia o espírito solidário".
Sem nunca se referir ao furto de material de guerra dos paióis de Tancos, em junho de 2017, e às consequências diretas no ramo, incluindo demissões de altas patentes, o general Nunes da Fonseca defendeu que não se deve "confundir a árvore com a floresta".
"O Exército faz muito e bem e não é por um facto menos conseguido que é confundido a árvore com a floresta", disse.
Entre os projetos do Exército realizados em 2018, Nunes da Fonseca destacou a revisão do sistema de recrutamento e a instalação do sistema de videovigilância (SICAV) em seis unidades: "estamos afincadamente no capítulo da segurança", disse.
O desafio "reunir e motivar" surge como o primeiro de cinco desafios da "Diretiva Estratégica 2019/2021" hoje apresentada pelo CEME na comissão parlamentar de Defesa, que define o "rumo do Exército para os próximos anos".
O segundo desafio é "o recrutamento e a retenção" de jovens nas fileiras face à "tendência decrescente dos efetivos", acrescentando que o ramo tem-se deparado também com saídas de oficiais qualificados dos quadros permanentes.
No final de 2018, o efetivo do Exército atingia 13.500, dos quais 11% são mulheres. O número de praças autorizado foi de 9812 mas o Exército só tinha 5585 praças no final do ano passado.
O general CEME apontou ainda a necessidade de "dinamização da comunicação" e "fortalecer a imagem pública" do Exército junto da sociedade.
Na Diretiva Estratégica 2019/2021, distribuída aos deputados, refere-se que "diariamente cerca de 3000 soldados estão longe de casa" em missões destinadas à "segurança e defesa" para a "proteção e bem-estar" das populações.
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