“Em matéria de Forças Armadas e Defesa Nacional, sou parco de palavras”
Sobre a polémica que envolve o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, a propósito da encenação montada na recuperação das armas roubas em Tancos, nem uma palavra. Marcelo Rebelo de Sousa prefere "aguardar conclusões desta investigação criminal" para depois "formular juízo concreto e específico" sobre a matéria.
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País Notícias
O Presidente da República recusou comentar a polémica que está a envolver o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, relativamente ao que este sabia (ou não) acerca da encenação montada na recuperação do material roubado em Tancos.
“Vamos aguardar a conclusão deste processo em curso. Em função dos factos apurados e das responsabilidades eventualmente suscitadas, depois será possível formular um juízo concreto e especifico acerca da matéria”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, quando questionado sobre a gravidade do caso e sobre se o ministro tem condições para se manter no cargo.
Perante a insistência dos jornalistas, Marcelo atirou: “Em matéria de Forças Armadas e Defesa Nacional, sou parco de palavras”.
“Não tenho mais nada a dizer, com grande pena minha”, acentuou, reconhecendo a originalidade e o mérito de quem lhe perguntava o mesmo de diferentes formas. Sobre se António Costa se precipitou em afirmar que mantinha a confiança no ministro Azeredo Lopes, a mesma resposta: “Vamos aguardar as conclusões desta investigação criminal que está em curso. Depois, em função disso, será possível falar”.
Recorde-se que, de acordo com o que avançou o Expresso, Azeredo Lopes terá tido conhecimento de que a devolução das armas roubadas em Tancos não foi mais do que uma encenação. A garantia foi dada pelo major Vasco Brazão, ex-porta-voz da Polícia Judiciária (PJ) Militar, que no seu depoimento perante o juiz de instrução criminal, na última terça-feira, disse em tribunal que o ministro Azeredo Lopes foi informado da operação no final do ano passado. Acusações que o ministro já veio negar: "É totalmente falso", afirmou.
Mais de um ano do assalto a Tancos, o caso culminou, na semana passada, com a constituição de arguido de quatro agentes da PJ Militar, três militares da GNR, o alegado autor do furto João Paulino (um ex-militar associado a tráfico de armas e droga) e o então diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira - estes dois últimos estão a aguardar julgamento em prisão preventiva.
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