Grupo acusado de fornecer TV cabo "pirata" a 500 pessoas julgado no Porto
Um grupo que está a ser julgado no Porto por alegado fornecimento ilegítimo do sinal de TV cabo a meio milhar de utilizadores recorria a um sistema de "cardsharing", contou hoje em tribunal um inspetor da Polícia Judiciária.
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País Justiça
O inspetor da Polícia Judiciária envolvido na investigação dos factos explicou hoje a um coletivo de juízes da Instância Central Criminal do Porto que o fornecimento do sinal de televisão por cabo era feito a partir de um sistema de partilha de um ou vários cartões de descodificação de sinal de televisão através da Internet.
Segundo o processo, os arguidos, onze pessoas e duas empresas, atuaram entre os anos de 2011 a 2013 e forneciam o sinal "pirateado" de um pacote de uma operadora legal, cobrando mensalidades de 10 euros, abaixo dos preços de mercado e faturando um total estimado de 100 mil euros.
O depoimento que o inspetor da Polícia Judiciária prestou na manhã de hoje, ao longo de mais de duas horas, centrou-se numa explicação genérica de como funcionam estes sistemas e, a pedido da defesa de um dos arguidos, na "interpretação" de parte da prova do processo, nomeadamente transcrições de escutas.
Algumas dessas escutas reportavam-se a queixas de falhas do serviço, nomeadamente a canais geralmente codificados.
A investigação do caso, conforme disse, foi suscitada por uma participação criminal de uma operação de TV cabo legal, a partir de uma denúncia anónima que recebeu.
O negócio ilegal envolvia clientes e revendedores de pelo menos 11 localidades, a maioria no Norte.
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