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Talibã conseguem matar general chefe da polícia provincial de Kandahar

O general Abdul Raziq foi hoje assassinado, ao fim de numerosas tentativas, pelos talibãs, que conseguiram infiltrar uma reunião de dirigentes e eliminar um dos seus opositores mais ferozes.

Talibã conseguem matar general chefe da polícia provincial de Kandahar
Notícias ao Minuto

21:14 - 18/10/18 por Lusa

Mundo Afeganistão

Este controverso chefe analfabeto da polícia provincial de Kandahar, no sul do país, descrito como "o torcionário-chefe" pela Human Rights Watch, tinha subido os vários graus até se tornar um dos responsáveis do setor da segurança mais poderosos do Afeganistão.

Considerado como um obstáculo à insurreição talibã, a sua morte deixa um vazio na segurança no sul do país, bastião do movimento talibã. Esta parte do país pode agora "cair" nas mãos dos insurretos, segundo um observador.

"Era ele que garantia a segurança em Kandahar", declarou um diplomata estrangeiro em Cabul.

Abdul Raziq, com 39 anos, que controlava a região com "mão de ferro", era adulado pela população afegã que detestava os talibã, que o acusavam de ter executado sumariamente três mil dos seus membros.

Apesar de uma litania de acusações de tortura e execuções, que sempre negou, era "um grande amigo" do general Scott Miller, comandante-chefe das forças da NATO e do exército norte-americano no Afeganistão.

Através da rede social Twitter, Miller afirmou: "O Afeganistão perdeu um patriota. As minhas condolências ao povo afegão. O bem que fez pelo seu país nunca será esquecido".

Miller estava hoje com Raziq nas muito protegidas instalações do governo provincial de Kandahar para uma reunião consagrada à segurança antes das eleições legislativas, marcadas para sábado no Afeganistão.

Um guarda do governador da província, um "infiltrado", segundo um comunicado dos talibã, que reivindicaram a ação, disparou, matando Raziq e o chefe dos serviços de informações da província.

Miller escapou incólume, mas um jornalista foi também abatido e 13 outras pessoas ficaram feridas, entre as quais o governador da província e o chefe da polícia no sul do país.

Abdul Raziq, que tinha três mulheres, combatia os talibã desde que estes tinham morto o seu pai e o seu tio em 1994.

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