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Manifestações em Marrocos prosseguem na cidade mineira de Jerada

Um movimento de contestação social em Marrocos, iniciado há duas semanas e mobilizando diariamente milhares de pessoas, prosseguiu hoje em Jerada, uma antiga cidade mineira do nordeste, referiram fontes concordantes citadas pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

Manifestações em Marrocos prosseguem na cidade mineira de Jerada
Notícias ao Minuto

19:37 - 05/01/18 por Lusa

Mundo AFP

As respostas fornecidas esta semana pela delegação ministerial enviada ao local para apaziguar as tensões foram consideradas "insuficientes" pela população, que "pretende medidas concretas", referiu um militante associativo à AFP no decurso da manifestação.

Desde 22 de dezembro que decorrem concentrações pacíficas que mobilizaram diariamente milhares de pessoas em protesto contra as condições de vida. O movimento foi desencadeado pela morte acidental de dois irmãos, soterrados quando procuravam carvão num poço clandestino.

Um vídeo difundido em direto esta tarde numa página Facebook local que segue a contestação popular após o funeral dos dois homens, mostrava uma concentração frente à câmara municipal, com menor participação face aos dias anteriores. Os manifestantes exigem medidas contra os "barões do carvão", que acusam de explorar os trabalhadores locais.

No decurso de uma visita à região na quarta e quinta-feira, o ministro da Energia Aziz Rebbah prometeu "um plano de trabalho preciso" para "melhorar a situação económica e social da província", com "medidas imediatas" e outras a longo prazo.

Em atividade entre 1927 e 1998, a mina de Jerada, único local de exploração das Carboníferas de Marrocos, empregou até 9.000 mineiros para a exploração das jazidas de antracite, muito profundas e pouco seguras.

Antes do encerramento, o último administrador da mina referiu-se a "condições de trabalho difíceis", a "frequentes casos de silicone", e a "dezenas de acidentes mortais por ano".

A cidade mineira, durante um longo período conhecida pela sua forte tradição sindical, é hoje uma das cidades mais pobres do país, segundo as estatísticas oficiais. O preço da água e eletricidade é um dos motivos da contestação em Jerada, com os manifestantes a exigirem o acesso gratuito, e as autoridades a proporem facilidades de pagamento para as faturas em atraso.

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