Brexit: May pede apoio dos eleitores para o "maior desafio" em 60 anos
A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu hoje o apoio dos eleitores para fazer face ao 'Brexit', o "maior desafio" do Reino Unido dos últimos 60 anos, e prometeu limitar a imigração.
© Reuters
Mundo Reino Unido
"Juntem-se a mim no momento em que me bato pelo Reino Unido", afirmou Theresa May em Halifax, norte de Inglaterra, no lançamento do programa do Partido Conservador para as legislativas antecipadas de 8 de junho, nas quais espera reforçar o apoio eleitoral na perspetiva das negociações de saída do Reino Unido da União Europeia.
A primeira-ministra pediu "um mandato claro" que lhe permita obter "o melhor acordo possível" nas negociações do 'Brexit'.
O manifesto, intitulado "Forward Together" (Para a frente juntos) visa fazer do Reino Unido um país "mais forte, mais justo e mais próspero, como nunca antes", disse.
A líder conservadora prometeu trabalhar para todos, não apenas para uma elite, nomeadamente para resolver o problema dos custos crescentes dos apoios sociais e limitar a imigração.
Theresa May definiu cinco prioridades: uma economia forte, capaz de fazer face ao 'Brexit' e às mudanças internacionais, o combate a "persistentes" divisões sociais, a resposta aos desafios de uma sociedade em envelhecimento e a rentabilização do desenvolvimento tecnológico.
Entre as medidas especificamente relacionadas com a saída da UE, os conservadores prometem não permitir a realização de um referendo escocês sobre a independência até que esteja concluído o processo do 'Brexit' e, em matéria de imigração, aumentar os encargos das empresas por cada trabalhador imigrante contratado e cobrar aos imigrantes taxas mais elevadas de utilização dos serviços de sáudes públicos.
O manifesto dos 'Tories' inclui por outro lado as promessas de equilibrar o orçamento nacional até 2025, não aumentar o imposto sobre o valor acrescentado, aumentar o salário mínimo para 60% do rendimento médio e aumentar o orçamento do serviço nacional de saúde.
Em matéria de assistência aos idosos, o manifesto conservador introduz alterações complexas, ligadas aos níveis de rendimentos e propriedades, que, segundo a BBC, se traduzem basicamente na intenção de aumentar o valor pago por quem recebe assistência, mas admitindo que esse pagamento seja parcialmente cumprido após a morte, através da execução de bens imobiliários.
Os Conservadores têm surgido em todos os estudos de opinião com uma ampla vantagem sobre os Trabalhistas mas, a três semanas das legislativas, uma sondagem publicada hoje sugere uma recuperação do 'Labour' depois da divulgação do seu programa eleitoral, claramente de esquerda.
Nesta sondagem, do instituto Ipsos-Mori, os trabalhistas de Jeremy Corbyn sobem 8%, reunindo 34% das intenções de voto, mas mantêm-se longe dos conservadores de Theresa May, que reúnem 49%.
Os outros partidos apresentam-se muito distanciados, com os liberais-democratas (pró-europeus) com 7%, o UKIP (eurocético), que nas legislativas de 2015 teve 12,6% dos votos, com apenas 2% das intenções de voto.
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