De acordo com o meio de comunicação britânico, esta investigação das autoridades abrangeu um período superior a dois anos em que foi examinada a conduta na base desde julho de 2022, sendo que, em 2012, uma mulher local já tinha sido morta alegadamente por um militar sediado na unidade.
Em outubro, o 'media' britânico ITV investigou o comportamento dos soldados na Batuk (na sigla em inglês) e noticiou que alguns soldados pagavam a mulheres locais para terem serviços sexuais.
Desde o lançamento dessa peça, frisou a BBC, "uma série de alegações foram feitas sobre a conduta das tropas no local de treino, que fica perto da cidade de Nanyuki, 200 quilómetros a norte da capital do Quénia, Nairobi".
O chefe do Estado-Maior da Defesa do Reino Unido, o general Sir Roly Walker, disse em comunicado que o exército estava empenhado em acabar com a exploração sexual por parte dos seus membros, citou a BBC.
"As conclusões da investigação que encomendei concluem que o sexo transacional ainda ocorre no Quénia a um nível baixo a moderado. Não deveria ocorrer de todo", afirmou Walker.
Para si, "não há absolutamente nenhum lugar para a exploração e abuso sexual por parte de pessoas do exército britânico. Isso é totalmente contrário ao que significa ser um soldado britânico", acrescentou.
A investigação do exército foi realizada por um painel de quatro pessoas, incluindo dois oficiais no ativo, um funcionário público e um consultor independente.
No relatório detalham-se 35 casos em que se suspeita que soldados da Batuk tenham pago por sexo, desde que receberam, em julho de 2022, orientações para não o fazerem.
Durante o período da investigação, 7.666 soldados britânicos serviram na base.
Além dos casos detalhados no relatório, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à BBC que havia um pequeno número --- menos de cinco --- de casos de alegado uso de profissionais do sexo atualmente sob investigação.
No documento destaca-se também o empenho do exército para erradicar a prática, incluindo uma formação regular e o uso de patrulhas de vigilância com um oficial sénior de patente de sargento ou superior destacado para monitorizar a conduta do pessoal subalterno quando saem da base à noite.
Separadamente, no Quénia, os deputados têm conduzido uma investigação sobre alegações mais amplas de maus-tratos à população local por soldados da Batuk. Foram ouvidas alegações, em audiências públicas, de ferimentos supostamente sofridos devido ao comportamento das tropas britânicas e de soldados que tiveram filhos com mães quenianas e depois os abandonaram quando voltaram para casa.
Em junho, um soldado destacado na base foi enviado de volta ao Reino Unido após ser acusado de violação.
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