Moscovo, 12 ago 2025 (Lusa) -- O Serviço Federal de Segurança (FSB, serviços secretos) da Rússia matou 65 pessoas durante detenções desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022, avançou hoje o site independente de investigação jornalística Vazhnie Istorii (Histórias Importantes).
O cálculo apresentado pela plataforma, citado pelas agências internacionais, foi feito com base nos próprios relatórios do FSB, do Comité de Investigação da Rússia (CIR), do Comité Nacional Antiterrorista, de agências estatais e de meios próximos das forças de segurança, que incluem, além das 65 mortes em território russo, mais quatro na região ucraniana de Zaporijia, anexada pela Rússia em 2022.
Pelo menos 44 das vítimas eram cidadãos russos, enquanto nove eram oriundos da Ásia Central -- sem que as autoridades tenham especificado o país --, dois eram do Cazaquistão, um da Ucrânia e outro da Bielorrússia.
Em 28 casos, o FSB admitiu que a operação visava frustrar um atentado ordenado pelos serviços secretos ucranianos.
Enquanto 27 dos mortos tinham alguma ligação ao grupo Estado Islâmico, outros 14 foram simplesmente associados ao islamismo, sem referência a qualquer organização específica.
O número de mortos entre 2022 e 2025 foi inferior ao registado entre 2018 e 2021, período em que morreram 72 pessoas, segundo o site Vazhnie Istorii.
Naquele período, nenhum dos suspeitos foi acusado de trabalhar para os serviços ucranianos, sendo que um número significativo (27) foi identificado como "membros de organizações criminosas do Cáucaso Sul".
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