Pentágono planeia criar grupo de ação para lidar com distúrbios nos EUA

O Pentágono planeia criar um grupo de ação, composto por centenas de soldados, para ser rapidamente destacado para qualquer ponto dos Estados Unidos quando ocorrerem distúrbios civis internos, noticiou hoje o diário The Washington Post.

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Lusa
12/08/2025 18:59 ‧ há 2 horas por Lusa

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A "Força de Reação Rápida perante Distúrbios Civis Internos", como se chamará o grupo, será constituída por 600 soldados em "alerta permanente" para poderem chegar em apenas uma hora e atuar onde for necessário, segundo documentos do Departamento de Defesa consultados pelo jornal norte-americano.

 

De acordo com o Post, o grupo dividir-se-á em dois da mesma dimensão: um ficará estacionado numa base militar no estado do Alabama, no leste do país, e o outro no estado do Arizona, no lado ocidental.

Os documentos internos indicam que, se for aprovado, poderá custar centenas de milhões de dólares, se os militares tiverem de estar disponíveis 24 horas por dia e se deslocarem em aeronaves militares.

Na Guarda Nacional norte-americana já existe um grupo de resposta rápida; contudo, esta nova fação das Forças Armadas pretende ir um passo mais longe e mobilizar soldados de uns estados para outros quando for considerado necessário.

De qualquer forma, tais planos encontram-se numa fase "preliminar", prevendo-se que sejam financiados a partir do ano fiscal de 2027, o mais tardar.

Esta informação foi divulgada horas depois de o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter ordenado a ação da Guarda Nacional, pela segunda vez desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro deste ano, para um segundo mandato (2025-2029).

Trump ordenou na segunda-feira que este grupo de voluntários, que apoia o Exército e a Força Aérea em situações de emergência, se deslocasse para a capital federal, Washington D.C., para combater a criminalidade e retirar das ruas os sem-abrigo.

No seu tempo como chefe de Estado, é a terceira vez que o faz na capital: a primeira, foi para conter os protestos contra a violência policial e o racismo após a morte de George Floyd, em 2020, quando enviou cerca de 4.000 efetivos; e a segunda, foi em janeiro de 2021, quando enviou só 340 soldados para conter a invasão do Capitólio por apoiantes seus que pretendiam impedir o Congresso - reunido no edifício - de certificar os resultados das eleições presidenciais de 2020 que davam a vitória ao democrata Joe Biden, o que lhe valeu duras críticas da oposição.

Além disso, em junho deste ano enviou cerca de 5.000 efetivos para Los Angeles, para apoiar as operações destinadas a capturar imigrantes ilegais para posterior deportação do país, perante os grandes protestos que tomaram as ruas da cidade californiana contra tais rusgas, que se realizaram inclusive em espaços como escolas e lugares de culto.

Leia Também: Pentágono retira de Los Angeles 700 fuzileiros

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