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ONU está preocupada com ação da polícia nas universidades dos EUA

A ONU mostrou-se hoje preocupada com o "impacto desproporcional" da intervenção policial nas universidades dos Estados Unidos, onde as forças de segurança têm sido chamadas para dispersar manifestantes pró-palestinianos.

ONU está preocupada com ação da polícia nas universidades dos EUA
Notícias ao Minuto

13:06 - 30/04/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Estou preocupado que algumas medidas tomadas pelas autoridades policiais em diversas universidades pareçam ter um impacto desproporcional", disse o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, num comunicado hoje divulgado, referindo-se a intervenções de agentes para dispersar manifestações.

"A liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica são fundamentais para a sociedade -- especialmente quando existem divergências profundas sobre questões importantes, como é o caso do conflito no Território Palestiniano Ocupado e em Israel", explicou Turk.

A onda de protestos contra a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza estende-se pelas universidades americanas há várias semanas.

O movimento tem o seu epicentro na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde cem pessoas foram detidas em 18 de abril.

Desde então, centenas de outras pessoas -- estudantes, professores e ativistas -- foram interrogadas, por vezes detidas e processadas, em diversas universidades do país.

Os protestos reacenderam o tenso debate sobre a liberdade de expressão, um direito constitucional, tendo como pano de fundo alegações de antissemitismo.

Turk sublinhou que o comportamento e o discurso antissemita "são totalmente inaceitáveis e profundamente perturbadores", da mesma forma que as ações e palavras de ordem "anti-árabes e anti-palestinianos são igualmente repreensíveis".

"O incitamento à violência ou ao ódio com base na identidade ou em pontos de vista -- reais ou alegados -- deve ser firmemente rejeitado", insistiu o Alto-Comissário, acrescentando que essa atitude pode rapidamente conduzir à violência real.

"Que fique claro que o exercício legítimo da liberdade de expressão não pode ser confundido com o incitamento à violência e ao ódio", concluiu o comissário das Nações Unidas.

Leia Também: Estudantes da Columbia consideram "ridículas" ameaças de suspensão

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