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Bruxelas elogia esforços de Kyiv na adesão à UE e promete apoio

A União Europeia (UE) elogiou hoje os esforços da Ucrânia no processo de adesão ao bloco comunitário e comprometeu-se com o apoio a longo prazo a Kyiv, um dia depois de os Estados Unidos terem deixado a mesma promessa.

Bruxelas elogia esforços de Kyiv na adesão à UE e promete apoio
Notícias ao Minuto

20:05 - 20/03/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Segundo o comunicado da reunião hoje realizada do Conselho de Associação entre UE e Ucrânia, foram elogiados "os progressos substanciais realizados no sentido de cumprir os objetivos subjacentes ao estatuto de país candidato", ao mesmo tempo que Kyiv se esforça para combater a agressão de Moscovo, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

A Ucrânia, por sua vez, "apelou à vontade política dos Estados-membros da UE para adotarem o quadro de negociação o mais rapidamente possível e organizarem a primeira conferência intergovernamental".

Em dezembro do ano passado, os 27 aprovaram a abertura de negociações formais de adesão à UE, um processo que, de acordo com Bruxelas, "dependerá do próprio mérito" de Kyiv.

A 9.ª reunião do Conselho de Associação, copresidida pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, destacou a possibilidade "em maximizar as oportunidades" de integração gradual da Ucrânia em políticas selecionadas já antes da adesão, tendo sido assinalados progressos já alcançados na aplicação do Estado de direito e de reformas no setor judicial e da administração pública.

No encontro, foi reiterada a determinação da UE "em dar resposta às necessidades militares e de defesa prementes da Ucrânia", o que inclui a entrega de munições e mísseis, e reafirmado o compromisso ainda por cumprir de fornecimento de um milhão de munições de artilharia às forças ucranianas.

O Conselho de Associação destacou igualmente "a importância estratégica do reforço da base industrial europeia de defesa e da cooperação com a indústria de defesa ucraniana, uma cooperação que deve estar em consonância com as modalidades a acordar e ter em conta os interesses de segurança e defesa de todos os Estados-membros", de acordo com o comunicado da reunião, que apontou "o sucesso da Missão de Assistência Militar da UE em apoio à Ucrânia, incluindo o novo objetivo de formar mais 20 mil soldados ucranianos".

No mesmo sentido, a Ucrânia congratulou-se com a iniciativa de instalar o Gabinete da UE para a Inovação na Defesa na capital ucraniana, "a fim de apoiar ainda mais a base tecnológica e industrial de defesa de Kiev", e, em matéria de sanções, considerou que a criação do registo dos danos causados pela agressão russa no Conselho da Europa e o apoio financeiro do bloco dos 27 a esta iniciativa "constitui um primeiro passo tangível" rumo ao futuro.

"A UE sublinhou que continua empenhada em contribuir, a longo prazo e em conjunto com os parceiros, para os compromissos de segurança assumidos com a Ucrânia, o que ajudará a Ucrânia a defender-se, a dissuadir atos de agressão e a resistir aos esforços de desestabilização no futuro", indicou o mesmo documento.

Nessa medida, a UE sublinhou "o empenho inabalável em ajudar a Ucrânia a exercer o seu direito inerente de autodefesa contra a agressão russa" e "a construir um futuro pacífico, democrático e próspero", assinalando um financiamento global de 98 mil milhões de euros desde o início da guerra, dos quais 33,1 mil milhões foram prestados em assistência militar.

Na terça-feira, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, tinha afirmado que os Estados Unidos "não vão deixar cair a Ucrânia", enquanto um pacote de ajuda militar de 60 mil milhões de dólares (cerca de 55 mil milhões de euros) continua bloqueado no Congresso em Washington e as forças ucranianas enfrentam dificuldades de armamento e de munições para conter a superioridade russa nas frentes de leste.

Numa fase em que os benefícios comerciais dados aos produtos agrícolas da Ucrânia durante a invasão russa suscitam protestos de Estados-membros, a delegação ucraniana congratulou-se com a proposta da Comissão Europeia de prolongar a suspensão temporária da UE de todos os direitos aduaneiros sobre as importações para o espaço europeu até junho de 2025.

"O Conselho de Associação salientou a importância de reforçar ainda mais as Rotas de Solidariedade UE-Ucrânia, que são essenciais para as importações e exportações da Ucrânia de uma vasta gama de bens e para uma melhor conectividade a longo prazo", referiu o documento.

Ainda no encontro, a Ucrânia manifestou a sua vontade de aderir à Agência dos Direitos Fundamentais da UE (FRA) como membro observador.

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