RDCongo. Confrontos intercomunitários sobre uso da terra fazem 14 mortos
Pelo menos 14 pessoas foram mortas na segunda-feira no sudoeste da República Democrática do Congo (RDCongo) em novos confrontos intercomunitários por divergências sobre o pagamento de taxas pela utilização da terra, disseram hoje as autoridades locais.
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Mundo RDCongo
"Os atacantes saquearam (a aldeia de) Kingala Matele. Mataram residentes antes de entrarem nas suas lojas e negócios para roubar. Também queimaram várias casas e levaram o que consideravam útil", disse Mrtin Gabia, o líder político do setor Wamba, onde o incidente aconteceu.
Kingala Matele pertence à província de Kwilu e ao território de Bagata.
Gabia disse que todas as pessoas deixaram as suas casas por medo de novos ataques.
"Informámos o comité de segurança provincial, que concordou em enviar soldados para restaurar a paz e assegurar o regresso das pessoas deslocadas às suas localidades de origem", segundo o líder político, citado por meios de comunicação locais.
Desde meados deste ano que se registaram vários confrontos intercomunitários na área conhecida como "Grande Bandundu", que inclui as províncias congolesas de Mai-Ndombe, Kwango e Kwilu.
O conflito começou devido ao desacordo entre as comunidades Teke e Yaka sobre o pagamento de taxas de uso da terra.
Os líderes tradicionais Teke - que se consideram autóctones da zona, face aos Yaka - aumentaram estes impostos, o que provocou a raiva da outra comunidade.
Segundo números do governo, cerca de 200 pessoas foram mortas desde o início dos combates, forçando muitas famílias a fugir das suas casas e a refugiarem-se na capital congolesa, Kinshasa.
Além disso, cerca de 2.600 pessoas fugiram para a vizinha República do Congo, informou em novembro o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Os conflitos entre as comunidades Teke e Yaka estão relacionados com o desacordo sobre o pagamento das taxas de uso do solo.
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