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ONU divulga hoje relatório sobre abusos dos direitos humanos em Xinjiang

As Nações Unidas (ONU) vão divulgar hoje o relatório sobre as violações dos direitos humanos na região chinesa de Xinjiang, apesar da enorme pressão exercida por Pequim para impedir a publicação do documento, assegurou a organização.

ONU divulga hoje relatório sobre abusos dos direitos humanos em Xinjiang
Notícias ao Minuto

13:28 - 31/08/22 por Lusa

Mundo Xinjiang

"O relatório será divulgado até ao final do dia", afirmou hoje o porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Jeremy Laurence.

A divulgação do relatório irá acontecer no último dia do mandato de quatro anos da atual Alta-Comissária dos Direitos Humanos, a ex-Presidente chilena Michelle Bachelet, que cumpre desta forma a sua promessa de publicar o documento.

A região de Xinjiang, um vasto território semidesértico no noroeste da China, tem sido cenário de ataques violentos, que Pequim atribui a elementos separatistas e islamitas.

Os uigures, que são maioritariamente muçulmanos e falam na sua grande maioria uma língua relacionada com o turco, são um dos 56 grupos étnicos que existem no território chinês.

Esta etnia representa um pouco menos de metade dos 25 milhões de pessoas que vivem na região de Xinjiang.

Várias investigações ocidentais acusam Pequim de ter colocado mais de um milhão de uigures e membros de outras etnias muçulmanas em "campos de reeducação", de impor "trabalhos forçados" e de "esterilizações forçadas".

As denúncias apontam para pelo menos um milhão de muçulmanos retidos nestes campos de reeducação política.

Pequim tem sempre rejeitado este alegado plano de "genocídio cultural" de minorias muçulmanas na China, alegando que estas instalações são centros de formação profissional, destinadas a ajudar a população a encontrar trabalho e a mantê-la afastada do extremismo e do terrorismo.

Em maio, numa visita à China, Bachelet pediu a Pequim que evitasse medidas "arbitrárias" em Xinjiang, denunciando ainda "atos violentos de extremismo" na região.

Desde então que várias organizações não-governamentais (ONG) têm exigido insistentemente que a Alta-Comissária publique o relatório sobre a matéria.

Um outro documento também da autoria da ONU, publicado no início do mês, mencionava que as minorias étnicas na região de Xinjiang estavam a ser sujeitas a trabalhos forçados, principalmente na agricultura e em unidades industriais, com o texto a denunciar métodos que podem equivaler a práticas de escravatura.

Leia Também: Trabalho na região chinesa de Xinjiang pode "equivaler à escravatura"

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