Após Archie, juiz analisa desligar ventilador a criança com doença rara
Caso deverá ser decidido, esta quarta-feira, pelo mesmo juiz que decidiu desligar as máquinas de Archie Battersbee.
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Mundo Reino Unido
Depois de Archie Battersbee, eis que o Supremo Tribunal do Reino Unido tem em mãos uma situação semelhante. Os pais de uma menina, com uma doença incurável, lutam para que o tratamento que a mantém viva não lhe seja retirado.
Segundo a BBC News, numa audiência no Supremo, especialistas disseram que a criança, de seis anos, estava a morrer devido a uma condição neurológica rara e que a faz ficar ligada a um ventilador.
Os advogados que representam o Birmingham Women and Children's Hospital, onde a menina se encontra, disseram que o tratamento já não é do interesse daquele hospital, enquanto os pais pedem que a criança continue ligada às máquinas em casa.
Tal como destaca a estação britânica, o caso está a ser ouvido pelo juiz Hayden, o mesmo que em julho decidiu que os médicos podiam parar o tratamento a Archie Battersbee, criança de 12 anos que ficou ligada às médicas na sequência de um perigoso desafio das redes sociais.
A menina, cujo nome não pode ser divulgado, nasceu no Líbano, depois de os pais deixarem a Síria como refugiados, e a sua doença desenvolveu-se há cerca de quatro anos após a família chegar a Inglaterra.
Uma representante do hospital explicou que a criança não consegue andar, sentar-se ou ficar de pé. Segundo Nageena Khalique QC, a menina passou dois terços do ano de 2022 ligada a um ventilador numa Unidade de Cuidados Intensivos.
"Esta é uma condição muito cruel (…) Não há cura”, disse, citada pela BBC News.
Já o advogado da família explicou que os pais aceitam que a criança não irá recuperar, mas defendem que o tratamento deve continuar em casa, uma vez que se sentem “confiantes de que são capazes”, com “internamento periódicos no hospital”, enquanto a “ventilação a longo prazo é estabelecida”.
O caso deverá ser concluído esta quarta-feira.
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