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"Não há problema" para a Rússia se a Finlândia e a Suécia aderirem à NATO

Declarações de Putin surgem um dia após a Turquia ter levantado o veto à candidatura destes dois países a uma adesão à NATO.

"Não há problema" para a Rússia se a Finlândia e a Suécia aderirem à NATO

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que "não há problema" para a Rússia caso a Finlândia e a Suécia venham mesmo a aderir à NATO, está a noticiar a AFP. Ainda assim, o chefe de Estado russo mostrou uma posição de condenação face àquilo que considera serem as "ambições imperiais" da NATO, que tem vindo a tentar afirmar a sua "supremacia", na sua perspetiva.

Estas declarações surgem um dia após a Turquia ter levantado o veto à entrada destes dois países na NATO - depois das três nações terem oferecido garantias de segurança entre elas.

Putin terá ainda dito que não podia descartar que venham a surgir "tensões" nas relações de Moscovo com Helsínquia e Estocolmo após a adesão dos dois países nórdicos à Aliança Atlântica. E, segundo o chefe de Estado russo, a Rússia responderá caso a NATO crie infraestruturas militares em seu nome na Finlândia e na Suécia, segundo citações feitas por agências noticiosas russas, adianta a Reuters.

Recorde-se que o presidente russo tem-se oposto publicamente à expansão desta aliança militar ocidental, atualmente composta por 30 Estados-membros.

Kremenchuk? Rússia "não atinge alvos civis"

Putin referiu ainda que a Rússia "não atinge alvos civis", na sequência dos ataques com mísseis que terão sido perpetrados pelas tropas do Kremlin sobre um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk, relata a agência noticiosa IFAX. O chefe de Estado russo nega, assim, qualquer responsabilidade das tropas russas por um ataque dessa natureza contra civis, salienta ainda a AFP.

As garantias foram dadas dois dias depois de as autoridades ucranianas terem acusado as Forças Armadas de Moscovo de terem perpetrado, na segunda-feira, esse mesmo ataque, na região de Poltava, sobre um centro comercial onde alegadamente se encontravam milhares de pessoas. A Ucrânia reporta atualmente que pelo menos 20 pessoas terão morrido na sequência destes bombardeamentos, havendo ainda 59 feridos já contabilizados. Cerca de 20 pessoas estão ainda desaparecidas.

Esta quarta-feira, o Ministério da Defesa do Reino Unido veio já admitir que este ataque russo poderá ter sido acidental e que o mesmo fosse, inicialmente, "destinado a atingir um alvo próximo em termos de infraestruturas”.

Quanto aos combates em solo ucraniano, o chefe máximo do Kremlin explicou esta quarta-feira que o objetivo final das tropas que lidera passa por "libertar" toda a região do Donbass, no leste da Ucrânia.

De lembrar que, nos primeiros dias da invasão russa sobre território ucraniano, que teve início a 24 de fevereiro, as tropas do Kremlin levaram a cabo várias tentativas de conquistar a capital ucraniana, Kyiv, as quais acabariam por abandonar a certo ponto.

Desde então, os militares russos têm concentrado as ofensivas, precisamente, na região do Donbass - embora tenham já conseguido conquistar algumas cidades localizadas mais a sul, como é o caso de Mariupol, e continuem a levar a cabo bombardeamentos sobre outras regiões ucranianas. 

Segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 4.731 morreram e outras 5.900 ficaram feridas na sequência dos combates no terreno. No entanto, a organização alerta que o número real de vítimas poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em territórios controlados ou sitiados pelos russos.

[Notícia atualizada às 22h41]

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