"Não disparei um único tiro", diz soldado norte-americano detido
Alexander Drueke foi preso pelos russos em Kharkiv e o Kremlin não descarta a pena de morte para o soldado voluntário.
Notícias ao Minuto | 22:19 - 29/06/2022© Getty Images
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Guerra na Ucrânia
Assinala-se, esta quarta-feira, o 126.º da invasão russa da Ucrânia. Os últimos dias têm sido marcados pela cimeira da G7 e da NATO. Na terça-feira, o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg, anunciou que a Turquia levantou o seu veto à adesão da Finlândia e da Suécia.
Os ataques russos contra a Ucrânia continuam e, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o exército russo já disparou mais de 2.800 mísseis contra cidades ucranianas. Um dos mais recentes ataques ocorreu na segunda-feira, quando um míssil russo atingiu um centro comercial em Kremenchuk, onde se encontravam mais de mil pessoas. Pelo menos 20 pessoas morreram.
Boa noite. Terminamos aqui o acompanhamento AO MINUTO dos principais acontecimentos relacionados com a invasão das tropas russas na Ucrânia. Continuaremos o acompanhamento na manhã de quinta-feira. Fique connosco.
Um tribunal de Moscovo ordenou esta quarta-feira a detenção durante dois meses de um advogado acusado de "difusão de informações mentirosas" sobre as ações dos militares russos na Ucrânia, acusações que o podem enviar dez anos para a prisão. Dmitri Talantov foi interpelado na terça-feira e ao seu domicílio revistado, em Ijevsk, na região de Oudmourtie, a 1.300 quilómetros de Moscovo.
O governo britânico anunciou hoje na cimeira da NATO em Madrid que concederá mil milhões de libras (1,16 mil milhões de euros) em ajuda adicional à Ucrânia para responder à invasão russa, incluindo sistemas de defesa aérea e 'drones'.
Os novos fundos elevarão a ajuda militar britânica a Kyiv para 2,3 mil milhões de libras, anunciou Downing Street em comunicado, classificando o aumento significativo de "nova fase" no apoio ocidental que deve permitir ao exército ucraniano lançar contraofensivas.
A Noruega garantiu hoje ter o direito de bloquear a entrada no seu solo de um carregamento destinado a russos no arquipélago norueguês de Svalbard, após ameaças de represálias de Moscovo.
Oslo "não está a tentar levantar obstáculos" ao abastecimento de uma comunidade de mineiros russos instalados nessas vastas ilhas norueguesas próximas ao Polo Norte, assegurou a ministra dos Negócios Estrangeiros Anniken Huitfeldt numa declaração à AFP, após acusações de "ação hostil" pela diplomacia russa.
O que o presidente russo, Vladimir Putin, tem vindo a fazer em território ucraniano é "maléfico", disse esta quarta-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, aqui citado pela Reuters.
No âmbito de uma entrevista com a GB News no contexto da Cimeira da NATO que está atualmente a decorrer em Madrid, Boris Johnson foi questionado se acha que Putin é uma pessoa má. "Penso que o que ele fez é maléfico. E penso que, seguindo o princípio de que cada um é aquilo que faz, então certamente", respondeu.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou esta quarta-feira o fim dos laços diplomáticos entre o país que lidera e a Síria, após este Estado ter reconhecido a independência das duas repúblicas separatistas da Ucrânia, Donetsk e Lugansk.
"Não haverá mais relações entre a Ucrânia e a Síria", garantiu o chefe de Estado ucraniano, num vídeo publicado na rede social Telegram - onde acrescentou que a pressão das sanções contra a Síria "será ainda maior" a partir de agora.
Na perspetiva de Zelensky, esta atitude da Síria trata-se de uma "história sem valor".
A Rússia, o Irão e outros países banhados pelo Mar Cáspio excluíram esta quarta-feira a presença militar estrangeira, numa clara alusão à NATO, nessa área, que é usada pelo exército russo para lançar mísseis contra a Ucrânia.
Tais países acordaram a "não presença no Mar Cáspio de forças armadas que não pertencem aos países limítrofes (Rússia, Irão, Cazaquistão, Azerbaijão e Turquemenistão)", lê-se no comunicado divulgado no final da reunião celebrada em Asjabad, a capital do Turquemenistão, e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
O soldado norte-americano Alexander Drueke, que se voluntariou para lutar do lado ucraniano e acabou detido pelos russos, reafirmou esta quarta-feira a sua inocência e garantiu que a única missão da que fez parte foi a que culminou na sua prisão.
Numa entrevista à agência estatal russa RIA, citada pela Reuters, Drueke garantiu que não matou soldados russos, ao contrário daquilo que afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, referiu que a Rússia "não atinge alvos civis", na sequência dos ataques com mísseis que terão sido perpetrados pelas tropas do Kremlin sobre um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk, relata a agência noticiosa IFAX.
O chefe de Estado russo garantiu ainda que a Rússia responderá caso a NATO crie infraestruturas militares na Finlândia e na Suécia. Putin terá ainda dito que não podia descartar que venham a surgir "tensões" nas relações de Moscovo com Helsínquia e Estocolmo após a adesão dos dois países nórdicos à Aliança Atlântica.
Estas declarações surgem um dia após a Turquia ter levantado o veto sobre a candidatura destes dois países a uma adesão à NATO - depois das três nações terem oferecido garantias de segurança entre elas.
Com a guerra na Ucrânia como pano de fundo, os líderes da NATO declararam hoje como principal ameaça à segurança euro-atlântica a Rússia, que na cimeira de Lisboa, em 2010, havia sido considerada país parceiro. Saiba mais na seguinte hiperligação:
O Canadá encontra-se atualmente a discutir com os seus aliados europeus formas de "intensificar" e exportar petróleo e gás proveniente da sua costa oriental, para fornecer uma alternativa às importações de energia russa por parte da Europa, noticia a Sky News.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do país, Melanie Joly, disse esta quarta-feira aos jornalistas que é "importante para o Canadá ser capaz de se chegar à frente e ajudar os amigos europeus, que estão a lidar com realidades energéticas muito difíceis".
"Precisamos de o fazer de forma a que também estejamos a ter em conta a questão das alterações climáticas. São exatamente estas as conversas que estamos a ter, particularmente com os alemães e também com os espanhóis", explicou ainda.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda tem como objetivo conquistar a maior parte do território ucraniano, adiantou na terça-feira uma alta funcionária dos serviços secretos norte-americanos, citada pela Reuters. Segundo a mesma fonte, o cenário para esta guerra permanece "bastante sombrio".
As equipas de resgate continuam à procura de 20 pessoas que continuam desaparecidas na sequência de um ataque com mísseis russos sobre um centro comercial localizado na cidade ucraniana de Kremenchuk, noticia a Sky News. Os trabalhos de busca prosseguiram hoje, após os bombardeamentos que mataram pelo menos 18 pessoas na segunda-feira.
Svitlana Rybalko, relações públicas dos serviços de emergência estatais da Ucrânia, explicou que, juntamente com os corpos encontrados sem vida, foram ainda encontrados fragmentos de mais oito corpos. "A polícia não pode dizer ao certo quantas [vítimas] existem. Não estamos a encontrar os corpos, mas sim fragmentos de corpos", acrescentou ainda.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mostrou-se hoje otimista relativamente à possibilidade de serem abertos corredores humanitários que permitam a exportação dos cereais provenientes da Ucrânia, fundamentais para debelar a crise alimentar que se alastra.
"Estamos a tentar resolver o processo com uma política equilibrada; a nossa esperança é que esta política equilibrada leve a resultados e nos permita a possibilidade de transportar os cereais até aos países que enfrentam escassez, através de um corredor, o mais rápido possível", disse o presidente da Turquia durante um encontro com o seu homólogo norte-americano, à margem da Cimeira da NATO, que decorre em Madrid.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reconheceu hoje que a relação da Aliança Atlântica com a Rússia "está no seu nível mais baixo desde o final da Guerra Fria", responsabilizando Moscovo por essa deterioração.
"A NATO tentou estabelecer uma boa relação com a Rússia durante décadas: estabelecemos o Conselho NATO-Rússia, o Ato Fundador NATO-Rússia, convidámos a Rússia para participar em várias atividades e, no Conceito Estratégico aprovado em 2010, afirmámos que a Rússia era um 'parceiro estratégico'. Foi a Rússia que se afastou desta tentativa de estabelecer mais confiança, mais parcerias e de trabalhar em conjunto de maneira mais próxima", afirmou o secretário-geral da NATO.
O Reino Unido vai mobilizar mais 1.000 militares e dois novos porta-aviões para a defesa da Estónia, no âmbito das operações da NATO no leste da Europa, anunciou esta quarta-feira o secretário da Defesa do país.
Segundo o jornal The Guardian, citando o secretário da Defesa Ben Wallace, o Reino Unido já tem cerca de 1.700 soldados na região.
As milícias russófonas da região de Donetsk trocaram, esta quarta-feira, 144 prisioneiros de guerra ucranianos por um número semelhante de combatentes separatistas, na maior troca do género efetuada desde o início da campanha militar russa na Ucrânia.
"Hoje regressaram a casa 144 combatentes da República Popular de Donetsk e da Rússia, que foram feitos prisioneiros pelo inimigo", anunciou Denis Pushilin, o líder separatista da autoproclamada entidade, através da sua conta no Telegram.
A informação foi avançada já depois do Ministério da Defesa da Ucrânia ter confirmado que 144 soldados ucranianos, incluindo 95 militares que estiveram envolvidos na defesa da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, tinham sido libertados na sequência de uma troca de prisioneiros com a Rússia.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, elogiou esta quarta-feira o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, pelos esforços empenhados para retirar os cereais que têm ficado retidos em território ucraniano por causa da guerra, adiantou um porta-voz de Downing Street. A mesma fonte revelou ainda que foi feito um elogio quanto à retirada do veto, por parte do país, face á adesão da Suécia e da Finlândia à NATO.
Segundo a mesma fonte, citada pelo The Guardian, Boris Johnson "saudou o anúncio de que a Turquia, a Suécia e a Finlândia acordaram um memorando de acordo, abrindo caminho para a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança" Atlântica. Em causa está uma adesão que, na perspetiva do governo britânico, "tornará a Aliança mais forte à medida que olhamos em frente para uma década mais perigosa".
"O primeiro-ministro elogiou a liderança do presidente Erdogan sobre a retirada de cereais da Ucrânia. O primeiro-ministro salientou que o bloqueio levado a cabo pelo presidente [Vladimir] Putin aos portos da Ucrânia está a criar uma crise humanitária internacional, tanto na Ucrânia como em todo o mundo", afirmou ainda o porta-voz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou esta quarta-feira o seu homólogo indonésio, Joko Widodo, em Kyiv, que a sua participação na cimeira do G20 em novembro dependerá da "situação de segurança na Ucrânia e da composição" da reunião.
Zelensky não mencionou diretamente o Presidente russo, Vladimir Putin, cuja participação na cimeira a realizar na ilha indonésia de Bali tem sido objeto de controvérsia.
Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não é membro do G20, mas Widodo, cujo país preside ao grupo, deslocou-se a Kyiv para convidar Zelensky a participar na cimeira.
O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden. agradeceu esta quarta-feira o facto de o homólogo turco, Tayyip Erdogan, ter conseguido um acordo com a Finlândia e a Suécia capaz de possibilitar a aceitação, em breve, da candidatura dos dois países nórdicos à NATO.
"Quero agradecer-lhe em particular pelo que fez, juntando aqui a situação relativa à Finlândia e à Suécia, bem como todo o trabalho incrível para tentar retirar cereais da Ucrânia", apontou Joe Biden, em declarações proferidas durante uma cimeira da NATO, que está a decorrer em Madrid. "Está a fazer um excelente trabalho", elogiou ainda.
As projeções conjuntas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na abreviatura em inglês) e da OCDE apontam para um cenário desastroso devido à guerra na Ucrânia, prevendo-se que milhões de pessoas fiquem em risco de malnutrição por causa da subida do preço dos cereais.
Segundo as organizações, estima-se que os preços dos cereais a nível global continuem a aumentar até 2023, devido à guerra que travou as exportações de cereais a partir da Ucrânia, que é um dos maiores produtores do mundo.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou esta quarta-feira ter perdido novamente a ligação com os sistemas de vigilância que controlavam o material nuclear da central de Zaporizhzhia, atualmente na posse das tropas russas.
"O facto de a nossa transmissão de dados estar novamente em baixo - pela segunda vez no último mês - apenas aumenta a urgência de enviar esta missão [para Zaporizhzhia]", explicou a agência, numa declaração citada pela Sky News.
A ligação perdeu-se no sábado "devido a uma perturbação dos sistemas de comunicação da instalação", adiantou ainda a mesma fonte.
A comissária europeia para os transportes defendeu hoje, em França, que o acordo assinado com a Ucrânia e a Moldova constitui um "primeiro passo" na globalização da mobilidade.
"Lamento a situação perante a qual temos que assinar este acordo [...], mas no nosso mercado interno não devemos ter barreiras", afirmou Adina Valean, após a assinatura do acordo de cooperação com os dois países, que decorreu em Lyon, França. Para a comissária, que agradeceu o trabalho da sua equipa, este é assim o "primeiro passo" na globalização da mobilidade.
Tendo a Coca-Cola e a Pepsi suspendido as vendas na Rússia, na sequência da invasão do país sobre a Ucrânia, a fabricante de refrigerantes Chernogolovka espera conseguir 'matar a sede' dos russos, nomeadamente através de colaborações com as grandes cadeias de fast-food norte-americanas que ainda operam no seu território.
A Chernogolovka, uma empresa produtora de refrigerantes fundada em 1998, contou à agência Reuters ter mais do que duplicado a sua presença em hotéis, restaurantes e cafés ao longo deste ano - estando também já a fornecer, desde abril, as suas bebidas a cadeias de fast-food como o KFC e o Burger King.
O ministro das Infraestruturas da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, afirmou hoje que o acordo assinado com Bruxelas, em matéria de mobilidade, vai permitir aumentar as exportações de bens agrícolas do país e salvar vidas. Em causa estão declarações proferidas depois da Comissão Europeia ter assinado acordos de cooperação com a Ucrânia e a Moldova, que permitirão aos operadores ter "livre acesso" ao território europeu, face ao impacto da invasão russa.
"Esta decisão vai ajudar-nos a aumentar a exportação de produtos agrícolas. Neste momento, milhões de pessoas estão a sofrer as consequências deste problema. Este acordo vai salvar a vida a muitas pessoas no mundo inteiro", afirmou Kubrakov, após a assinatura do documento, em Lyon, França.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, "ofereceu-se para entregar uma mensagem" do seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a Vladimir Putin, numa tentativa de reiniciar as conversações de paz entre Moscovo e Kyiv.
"Embora seja muito difícil de conseguir, expressei a importância de uma resolução de paz. Ofereci-me para entregar uma mensagem do presidente Zelensky ao presidente Putin, com quem me encontrarei em breve", explicou Joko Widodo, na sequência de um encontro com o chefe de Estado da Ucrânia.
As declarações foram proferidas no contexto da visita do presidente indonésio á Ucrânia. Joko Widodo deverá, de seguida, deslocar-se a Moscovo para reunir com o líder russo.
A Comissão Europeia assinou esta quarta-feira acordos de cooperação com a Ucrânia e a Moldova, que permitirão aos operadores ter "livre acesso" ao território europeu, face ao impacto da invasão russa. Os detalhes do acordo permanecem confidenciais, mas Bruxelas já adiantou que este permite aos operadores da Ucrânia e da Moldova ter "livre acesso" ao território europeu.
O Presidente dos Estados Unidos considerou, esta quarta-feira, essencial a cooperação norte-americana com o Japão e a Coreia do Sul e manifestou ainda preocupação com a possibilidade de testes nucleares da Coreia do Norte. Joe Biden elogiou também o Japão e a Coreia do Sul pelos esforços na resposta à Rússia após a invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse esta quarta-feira que 144 soldados ucranianos, incluindo 95 militares que estiveram envolvidos na defesa da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, foram libertados na sequência de uma troca de prisioneiros com a Rússia.
Através do Telegram, o referido ministério confirmou aquela que designou como sendo a maior troca de prisioneiros desde o início da invasão russa sobre a Ucrânia. No entanto, não foram divulgados quaisquer detalhes acerca do local e da data em que ocorreu esta troca de prisioneiros, nem sobre quantos soldados russos foram, por sua vez, libertados.
A antiga diretora da Agência Europeia de Defesa, Claude-France Arnould, considera que este setor vive uma grande evolução na Europa e que aquela agência deve assumir um papel "mais importante" no seio das instituições europeias.
A guerra na Ucrânia, segundo esta diplomata, veio mostrar a importância do sector da Defesa da União Europeia, que conta com um fundo europeu de 7,9 mil milhões de euros para investimento e pesquisa na área.
As forças russas que se encontram atualmente na cidade oriental ucraniana de Lysychansk estão a dispersar minas "em qualquer lugar", segundo a informação avançada pelo governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, em declarações à CNN Internacional.
A mesma fonte esclareceu que as minas em causa, apelidadas de "pétalas", são "extremamente perigosas" e que "qualquer criança ou civil que tenha saído para procurar ajuda humanitária pode pisá-las" e, imediatamente, "morrer ou perder um membro".
O governador de Lugansk explicou ainda que a cidade tem estado "constantemente" sob bombardeamento. Neste momento, cerca de 15.000 pessoas permanecem ainda na mesma.
Um dos dois britânicos condenados à morte pelas forças separatistas do leste da Ucrânia terá já apresentado um recurso formal contra tal veredito, reportou a agência noticiosa russa TASS.
Um porta-voz do tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR) responsável pelo caso veio confirmar, esta quarta-feira, ter recebido um recurso contra a sentença de Shaun Pinner, de 48 anos. O combatente vivia na Ucrânia quando a guerra eclodiu e foi detido em abril pelas forças russas enquanto defendia a cidade portuária de Mariupol - entretanto tomada pelas tropas do Kremlin.
Os Estados-membros da NATO reiteraram esta quarta-feira o seu compromisso para atingir a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) reservados à Defesa e concordaram ainda em "aumentar o orçamento comum" da Aliança, segundo anunciado pelo secretário-geral da organização.
"Fazer mais vai custar mais. Hoje, os Aliados reiteraram o compromisso assumido em 2014: gastar, pelo menos, 2% do PIB em Defesa", anunciou Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa.
O governo norte-americano deu o seu apoio, esta quarta-feira, à potencial venda de caças F-16 à Turquia. Algo que acontece um dia depois de Ancara suspender o veto á adesão da Finlândia e da Suécia à NATO.
"Os Estados Unidos apoiam a modernização da frota de caças da Turquia porque isso é uma contribuição para a segurança da NATO e, portanto, para a segurança americana", explicou Celeste Wallander, secretária-adjunta de Defesa para os Assuntos de Segurança Internacional do Pentágono, em declarações aos jornalistas.
Os residentes de Mariupol continuam a viver uma situação complicada, tanto no que diz respeito à ocupação das tropas russas na cidade, como ao acesso às condições de saneamento.
Uma das responsáveis ucranianas do Centro de Educação e Investigação Anticorrupção (Anti-Corruption Research and Education Centre, ACREC na sigla em inglês), Olena Halushka, partilhou, esta quarta-feira, um vídeo no qual é possível ver como estes civis têm acesso à água. Veja aqui o vídeo.
A Turquia pediu a extradição de 33 suspeitos "terroristas" da Finlândia e da Suécia, anunciou Ancara um dia após levantar o veto ao acesso dos Estados nórdicos à NATO. O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, pediu à Finlândia e à Suécia que "cumprissem as suas promessas" sob o novo acordo, acrescentando: "Pediremos à Finlândia que extradite seis membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) e seis membros do FETO (Organização Terrorista Fethullahista) e à Suécia que extradite 10 membros do FETO e 11 do PKK", informa a BBC.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que se "o mundo se cansar” da guerra, "a democracia também perderá” e reconheceu que, apesar da luta do povo ucraniano, "é difícil aguentar” os ataques das tropas russas.
"Onde perdemos uma pessoa, a Rússia perde cinco. Onde perdemos um tanque, eles perdem cinco. Sim, estamos a lutar. Mas temos de ser justos e dizer que é realmente difícil para nós”, afirmou o chefe de Estado ucraniano, em entrevista à estação norte-americana NBC.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou, esta quarta-feira, que a NATO ao dar início ao processo formal de adesão da Finlândia e da Suécia “provou que pode tomar decisões difíceis, mas essenciais”.
“Hoje, em Madrid, a NATO provou que pode tomar decisões difíceis, mas essenciais. Congratulamo-nos com uma posição clara sobre a Rússia, bem como com a adesão da Finlândia e da Suécia. Uma posição igualmente forte e ativa sobre a Ucrânia ajudará a proteger a segurança e estabilidade euro-atlântica”, considerou na rede social Twitter.
Today in Madrid, NATO proved it can take difficult, but essential decisions. We welcome a clear-eyed stance on Russia, as well as accession for Finland and Sweden. An equally strong and active position on Ukraine will help to protect the Euro-Atlantic security and stability.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) June 29, 2022
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou, esta quarta-feira, o início formal do processo de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO e considerou que a aliança transatlântica está agora “maior e mais forte”, ao contrário do objetivo do presidente russo, Vladimir Putin.
“A adesão da Finlândia e da Suécia torna a NATO maior, mais forte e também mais europeia. Putin queria dividir-nos. O que ele conseguiu é uma UE e uma NATO mais próximas do que nunca. Este é um bom dia para a aliança transatlântica, a União Europeia, a Finlândia e a Suécia”, escreveu na rede social Twitter.
The accession of Finland and Sweden makes NATO larger, more European and stronger.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 29, 2022
Putin wanted to divide us.
What he got is a stronger alignment between EU and NATO.
This is a good day for the transatlantic alliance, the European Union and Finland and Sweden! pic.twitter.com/Fbo2iqbulI
A Rússia acusou hoje a Noruega de bloquear o trânsito de mercadorias com destino aos russos instalados no arquipélago ártico norueguês de Svalbard e ameaçou Oslo de represálias. "Pedimos à parte norueguesa a resolução desta questão o mais rapidamente possível", indicou a diplomacia russa em comunicado, anunciando que o encarregado de negócios norueguês em Moscovo foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
#BREAKING Moscow accuses Norway of blocking access to Svalbard archipelago, vows retaliation pic.twitter.com/Y8XbzH4pRd
— AFP News Agency (@AFP) June 29, 2022
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, garantiu hoje que a Ucrânia pode contar com o apoio da NATO "o tempo que for necessário", acusando a Federação Russa de ter "destruído a paz na Europa". Falando em conferência de imprensa após a primeira sessão de trabalhos da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), Jens Stoltenberg mostrou-se "satisfeito" pelo facto de o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ter podido participar na reunião por videoconferência.
🔴 Join me LIVE for my press conference at the #NATOSummit
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) June 29, 2022
📍Madrid 🇪🇸#NATO | #OTANMadrid2022 https://t.co/EckYLBHviQ
A Síria reconheceu, esta quarta-feira, a independência e soberania das regiões separatistas pró-russas de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia. A informação é avançada pela agência de notícias síria SANA, que cita fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Já a agência Reuters recorda que a presidência síria já tinha revelado a sua intenção de construir relações com as duas repúblicas separatistas em fevereiro, na mesma altura em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que reconhecia Donetsk e Lugansk como regiões independente.
O número de vítimas mortais de um bombardeamento russo contra um prédio residencial subiu para quatro. O último balanço, atualizado pelas 9h de Portugal, dava conta de três vítimas.
Segundo revelou o autarca de Mykolaiv, Oleksandr Sienkevych, “pelas 13h40 [11h40 em Lisboa], quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas”. O míssil atingiu um prédio residencial e destruiu os apartamentos do 3.º, 4.º e 5.º andares.
A NATO declarou hoje a Rússia como a principal ameaça à segurança euro-atlântica e incluiu as preocupações com a China no seu novo conceito estratégico, aprovado na cimeira de Madrid. "A Federação Russa é a ameaça mais significativa e direta à segurança dos Aliados e à paz e estabilidade na zona euro-atlântica", lê-se no conceito estratégico para a próxima década.
🆕 #NATO leaders approve new #StrategicConcept, setting out the Alliance’s priorities, core tasks and approaches for the next decade#NATOSummit
— NATO (@NATO) June 29, 2022
A NATO convidou formalmente, esta quarta-feira, a Suécia e a Finlândia a aderirem à aliança transatlântica. “Hoje, decidimos convidar a Finlândia e a Suécia a tornarem-se membros da NATO, e concordámos em assinar os Protocolos de Adesão”, lê-se numa declaração, subscrita pelos 30 chefes de Estado e de governo da NATO.
“A adesão da Finlândia e da Suécia irá torná-los mais seguros, a NATO mais forte, e a zona euroatlântica mais segura. A segurança da Finlândia e da Suécia é de importância direta para a Aliança, inclusive durante o processo de adesão”, acrescenta a declaração.
Declaration by #NATO Heads of State and Government participating in the meeting of the North Atlantic Council in Madrid#NATOSummit | #MadridOTAN22
— NATO (@NATO) June 29, 2022
Os Estados Unidos e os seus aliados congelaram à Rússia mais de 330 mil milhões de dólares na sequência da aplicação de sanções impostas após a invasão da Ucrânia pelas forças de Moscovo.
Os líderes da NATO declararam hoje a Rússia como a "maior e mais direta ameaça" à paz e segurança dos países Aliança Atlântica, no final da primeira sessão de trabalho da cimeira de Madrid. "Continuamos a enfrentar ameaças distintas, de todas as direções estratégicas. A Federação Russa é a maior e mais direta ameaça à segurança, paz e estabilidade dos aliados [na NATO] na região euro-atlântica", lê-se na Declaração da Cimeira de Madrid, um texto subscrito pelos 30 chefes de Estado e de Governo da Organização do tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
O Reino Unido decidiu, hoje, alargar as sanções impostas devido à invasão russa da Ucrânia a mais 13 pessoas. Entre estas, avança a SkyNews, encontra-se o oligarca Vladimir Potanin - o segundo homem mais rico da Rússia e apoiante do Kremlin -, assim como Anna Tsivileva, prima de Vladimir Putin.
"Enquanto Putin continuar o seu ataque abominável à Ucrânia, usaremos as sanções para enfraquecer a máquina de guerra russa", disse um porta-voz do governo britânico, acrescentando que as sanções desta quarta-feira "mostram que nada nem ninguém está fora da mesa, incluindo o círculo íntimo de Putin."
A Comissão Europeia quer flexibilizar a ajuda aos Estados-membros que acolhem refugiados da Ucrânia, propondo o pacote Fast-CARE que mobiliza mais 3,5 mil milhões de euros e oferece financiamento comunitário a 100% em determinados casos, foi hoje divulgado.
Linhas de comboio e de autocarro ligarão a partir de 01 de julho a Crimeia, anexada pela Rússia, às regiões do sul da Ucrânia recentemente conquistadas, anunciaram hoje as autoridades de ocupação pró-russas. Esta é a primeira ligação entre as duas zonas desde que Moscovo anexou a província ucraniana da Crimeia em 2014 e suspendeu os transportes entre as duas regiões.
O desafio de alcançar a fome zero até 2030, um dos principais objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, "não será alcançado se a situação atual continuar", alertou hoje a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O relatório "Perspetivas Agrícolas 2022-2031", elaborado em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e apresentado hoje revela que a meta de eliminar a fome nos próximos oito anos não será alcançada se a produtividade agrícola mundial não aumentar em 28%, "três vezes mais do que cresceu na última década".
A Rússia acusou hoje a NATO de consolidar na cimeira de Madrid uma atitude de agressividade em relação a Moscovo e reafirmou que a esperada adesão da Finlândia e da Suécia constitui um fator "particularmente desestabilizador". "A cimeira de Madrid consolida o curso de contenção agressiva da Rússia pelo bloco atlântico", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Serguei Riabkov aos meios de comunicação russos, segundo as agências AFP e EFE.
🇷🇺 La cumbre de la OTAN en Madrid “consolida el curso de una senda agresiva hacia Rusia por parte del bloque", dice a las agencias rusas el viceministro Serguéi Riabkov, calificando la ampliación hacia Finlandia y Suecia como "profundamente desestabilizadora" #AFP pic.twitter.com/NvY4rPMS5m
— Agence France-Presse (@AFPespanol) June 29, 2022
Kyiv estabeleceu conversações com Moscovo no sentido de conseguir a libertação de combatentes ucranianos e de voluntários estrangeiros presos pelas forças russas, confirmou hoje o chefe de Estado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Moscovo mantém como prisioneiros "milhares" de ucranianos e "soldados de todo o mundo que se ofereceram como voluntários" para defender a Ucrânia, recordou Zelensky em declarações à estação norte-americana NBC.
A Direção-Geral da Mobilidade e dos Transportes (DG Move) da Comissão Europeia defendeu hoje, em França, que é necessário aumentar a exportação de produtos agrícolas da Ucrânia, o que disse estar dependente de solidariedade. "Penso que a solidariedade é muito importante não só para a Ucrânia, mas também para a Europa. Sem isso, não será possível aumentar as exportações de produtos agrícolas da Ucrânia, nomeadamente dos cereais", afirmou o diretor-geral da DG Move, Henrik Hololei, que falava num 'briefing' com os jornalistas, em Lyon, no âmbito do seminário 'Conecting Europe Days'.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou esta quarta-feira os Estados-membros da NATO que a Rússia poderá invadir outros países no próximo ano. “No ano que vem, a situação poderá ser pior não só na Ucrânia como também noutros países, provavelmente membros da NATO, que poderão ser atacados pela Rússia”, afirmou na sua intervenção online na cimeira da aliança transatlântica, em Madrid.
O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmou, esta quarta-feira, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem “síndrome do homem pequeno” e uma “visão machista” do mundo. “Bem, penso certamente que a visão que o presidente Putin tem de si próprio e do mundo é uma síndrome do homem pequeno, uma visão de machista”, disse o governante à LBC Radio.
Defence Secretary Ben Wallace has branded Putin a 'lunatic' with 'small man syndrome' after Boris Johnson condemned Putin's 'toxic masculinity' https://t.co/rIOiZuiIdw
— LBC (@LBC) June 29, 2022
O Papa Francisco descreveu, esta quarta-feira, o ataque russo a um centro comercial na cidade de Kremenchuk, no centro da Ucrânia, com o mais recente de uma série de “ataques bárbaros” contra o país, revelou a agência de notícias Reuters.
O exército russo bombardeou, na segunda-feira, um centro comercial numa altura em que estavam cerca de mil pessoas no seu interior. Há, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo menos 20 vítimas mortais e dezenas de feridos.
A satisfação pelo levantamento do veto da Turquia à entrada da Suécia e da Finlândia na NATO marcou hoje as declarações de vários líderes da Aliança à entrada para a cimeira de Madrid. A Turquia chegou a um entendimento com a Suécia e a Finlândia na terça-feira, já em Madrid, sobre a luta contra o terrorismo e a exportação de armas que permitiu ultrapassar a oposição turca à adesão dos dois países nórdicos.
O ministro das Infraestruturas da Ucrânia indicou hoje, em Lyon, que a maioria das pontes, estradas, portos e aeroportos do país foram atacados pela Rússia, ressalvando que a Ucrânia está a tentar manter a conectividade.
"Cerca de metade das pontes rodoviárias foram atacadas. A maioria dos aeroportos já foram atacados várias vezes e o mesmo acontece nos portos. A situação é muito complicada", afirmou Oleksandr Kubrakov, que falava no seminário 'Conecting Europe Days', que decorre em Lyon, França.
O secretário-geral da NATO afirmou hoje que as decisões que vão ser tomadas na cimeira de Madrid vão definir a segurança da Aliança "na próxima década" e dotá-la dos "meios necessários para enfrentar os novos desafios". "As decisões que vamos tomar vão definir a nossa segurança na próxima década e irão permitir que a Europa e a América do Norte mantenham a nossa Aliança forte, o nosso povo seguro e os nossos parceiros perto", declarou Jens Stoltenberg na abertura da reunião do Conselho do Atlântico Norte, no âmbito da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico (NATO, na sigla em inglês), a decorrer em Madrid.
VIDEO: "I expect that when leaders agree the strategic concept they will state clearly that Russia poses a direct threat to our security and, of course, that would be reflected throughout the strategic concept": Jens Stoltenberg, NATO secretary general pic.twitter.com/LciyjaGXzX
— AFP News Agency (@AFP) June 29, 2022
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, já se encontra em Kyiv, onde se reunirá com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. A visita ocorre após ‘Jokowi’, responsável por organizar a cimeira do G20 este ano, convidar Zelensky para participar na reunião de líderes de novembro, apesar de a Ucrânia não pertencer ao grupo.
O presidente e a primeira-dama da Indonésia, na chegada a Kyiv© Getty Images
O primeiro-ministro da Hungria avisou hoje que não apoiará nenhuma proposta que envolva a NATO na guerra na Ucrânia, alegando que se trata de um conflito apenas entre a Rússia e a Ucrânia, refere a agência estatal MTI. "Não apoiaremos nenhuma proposta que possa envolver a NATO e a Hungria neste conflito, já que esta é uma guerra russo-ucraniana e a NATO é uma aliança de defesa", afirmou o ultranacionalista Viktor Orbán, segundo o seu assessor de imprensa, Bertalan Hevesi depois de uma reunião do primeiro-ministro húngaro com o colombiano Andrés Pastrana, presidente da Internacional Democrata Centrista.
We don't support any proposals which would drag the NATO and Hungary into the war, it's a Russian-Ukrainian war and NATO is a defence alliance, Viktor #Orban said ahead of the #NATOSummit in Madrid, after meeting @AndresPastrana_, the president of @idc_cdi. (Photo: MTI) pic.twitter.com/1t3qMRF2IS
— Mariann Őry (@otmarianna) June 29, 2022
O presidente polaco, Andrzej Duda, apoiou hoje a mudança estratégica na NATO para que a Rússia seja considerada como um país "não fiável". Ao chegar à cimeira da NATO em Madrid, Duda disse que a mudança no conceito estratégico da Aliança Atlântica era "há muito esperada", mas tornou-se mais urgente na sequência da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje que vai reforçar a presença militar norte-americana em toda a Europa para que a NATO possa responder a ameaças "vindas de todas as direções e em todas as áreas".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, assegurou hoje que os 100.000 milhões de euros que a Alemanha vai canalizar para modernizar as suas forças armadas serão uma "contribuição significativa" também para a NATO e as forças de resposta rápida. "Vamos dar uma contribuição significativa para a estabilidade e segurança que a NATO proporciona, para a paz, que tanto nos preocupa a todos", afirmou à chegada à cimeira da Aliança Atlântica, que decorre em Madrid.
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, afirmou que o país “não consegue ver o fim do sofrimento” e que os últimos meses de guerra têm sido muito “difíceis de aguentar”. Em entrevista à CNN International, Olena - à semelhança do marido, Volodymyr Zelensky - descreveu o ataque russo ao centro comercial de Kremenchuk como um ato de “terrorismo” e disse ter ficado "chocada".
First lady Olena Zelenska says Ukrainians must prepare themselves for a "marathon" conflict: "We cannot see the end of our suffering," she tells CNNhttps://t.co/u3kpPkkEZU
— CNN (@CNN) June 28, 2022
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reafirmou hoje que o presidente da Rússia vai ter "mais NATO à porta" com a esperada entrada da Suécia e da Finlândia, ao contrário do que pensava quando invadiu a Ucrânia. Vladimir Putin "esperava que houvesse menos NATO, mas estava completamente errado", disse Johnson numa breve declaração à entrada da cimeira da Aliança Atlântica, em Madrid.
A presidência rotativa francesa do Conselho da União Europeia (UE) no primeiro semestre do ano ficou marcada pela guerra na Ucrânia, que ocupou boa parte das atenções dos 27 nos últimos meses, assim como pelas eleições internas em França.
A República Checa assume, no segundo semestre de 2022, a presidência do Conselho da União Europeia (UE) com foco na reconstrução pós-guerra da Ucrânia, querendo ainda promover um consenso sobre a concessão do estatuto de candidato ao país.
"Na sequência da agressão militar russa contra a Ucrânia, a presidência checa apoiará os esforços da UE para defender a soberania e integridade territorial da Ucrânia, utilizando todos os instrumentos e programas oferecidos pela UE, incluindo o reforço das sanções", indica Praga no programa que traçou para a sua liderança semestral, entre 01 de julho a 31 de dezembro, e que sucede à presidência francesa.
Após o anúncio de que as forças de reação rápida da NATO aumentarão de 40 mil para 300 mil soldados, o primeiro-ministro português, António Costa, apontou que o país aguarda “que o comando faça uma precisão da distribuição das capacidades que são necessárias”, assegurando, contudo, que Portugal participará “de forma adequada”.
A Comissária Europeia dos Transportes aplaudiu hoje, em Lyon, a aprovação da Ucrânia e da Moldova como países candidatos a membros da União Europeia. "Parabéns à Ucrânia e à Moldova pelo seu estatuto de candidato à União Europeia. Eles merecem o nosso aplauso", afirmou Adina Valean, que falava na cerimónia de abertura formal do seminário 'Conecting Europe Days', que decorre em Lyon, França.
O Ministério da Defesa britânico admitiu, esta quarta-feira, que o bombardeamento russo que atingiu, na segunda-feira, um centro comercial na cidade ucraniana de Kremenchuk poderá ter sido acidental.
“Existe uma possibilidade realista de que o ataque de mísseis ao centro comercial de Kremenchuk, a 27 de junho de 2022, fosse destinado a atingir um alvo próximo em termos de infraestruturas”, afirmaram os serviços de informação britânicos no mais recente relatório sobre a invasão russa da Ucrânia.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 29 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 29, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/UdgwRxBbYS
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/JL6rXj2V2M
O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu, esta quarta-feira, que a aliança transatlântica NATO irá continuar a fornecer armas à Ucrânia “durante o tempo que for necessário”.
“É bom que os países aqui reunidos, mas muitos outros também, dêem as suas contribuições para que a Ucrânia se possa defender - fornecendo meios financeiros, ajuda humanitária, mas também fornecendo as armas de que a Ucrânia necessita urgentemente”, disse Scholz, à chegada da cimeira da NATO, em Madrid.
“Continuaremos a fazê-lo - e a fazê-lo intensamente - enquanto for necessário para permitir à Ucrânia defender-se”, acrescentou, citado pelo jornal britânico The Guardian.
As autoridades em Kherson dizem ter começado os preparativos para um referendo sobre a integração na Rússia, de acordo com a agência de notícias estatal russa TASS. A cidade de Kherson foi capturada pelas forças russas em março e agora é administrada por autoridades russas.
"Se Putin fosse uma mulher, o que obviamente não é, mas se fosse, eu realmente não acho que ele teria embarcado numa guerra maluca e machista ['macho war'] de invasão e violência da forma que fez". A afirmação é de Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, numa entrevista à ZDF, a emissora pública da Alemanha.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou, esta quarta-feira, que a Rússia “será considerada a principal ameaça” da aliança transatlântica NATO.
Em entrevista à rádio espanhola Cadena Ser, numa altura em que decorre uma cimeira da NATO em Madrid, o governante referiu que “após a invasão russa da Ucrânia, foram implantadas forças na Lituânia, Estónia e o mesmo será feito na Bulgária” e que Espanha “participa em todas as missões da NATO”.
“Agora as ameaças estão no flanco leste. Há alguns anos, a Rússia era um parceiro estratégico e hoje será considerada a principal ameaça”, afirmou.
Pedro Sánchez justifica el gasto en defensa: "Necesitamos aumentar nuestra capacidad de disuasión" https://t.co/cxZpubHQEH Una entrevista de @AngelsBarcelo en @HoyPorHoy
— Cadena SER (@La_SER) June 29, 2022
Pelo menos três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas num bombardeamento russo em Mykolaiv, segundo adiantou o governador Vitaly Kim. “De manhã, a 29 de junho, os ocupantes russos atacaram Mykolaiv com mísseis. Um dos mísseis atingiu um prédio de apartamentos. Às 8h20 [6h20], cinco pessoas ficaram feridas e três morreram”, escreveu na rede social Telegram.
As forças de reação rápida da NATO, que irão aumentar dos atuais 40 mil para 300 mil, estarão "prontas até ao próximo ano" e serão atribuídas a países do leste da Europa, anunciou hoje o secretário-geral da Aliança.
No que se refere às forças de reação rápida, acho que estarão prontas até ao próximo ano. Iremos tomar a decisão agora, e depois vamos começar a implementação, e depois vão estar disponíveis e prontas no próximo ano, esse é que é o plano", afirmou Jens Stoltenberg.
O ataque russo em Krementchuk provocou cerca de 20 mortos e dezenas de feridos e desaparecidos. A Rússia nega ter alvejado uma instalação civil, alegando ter bombardeado um depósito de armas. Num vídeo que circula nas redes sociais, e que mostra a perspectiva de câmaras de vigilância num parque próximo ao centro, pode ver-se duas pessoas deitadas na relva até que, perante o ataque, correm desesperadamente. O homem salta mesmo a cerca do lago, mergulhando.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descreveu o seu homólogo russo, Vladimir Putin, como um “terrorista” que está a liderar um “Estado terrorista”. Num discurso virtual dirigido ao Conselho de Segurança da ONU, o chefe de Estado ucraniano reiterou que é necessário “agir urgentemente de forma a fazer tudo para que a Rússia pare a matança” e evitar que “a atividade terrorista” se alastre a outros países.
“Putin tornou-se um terrorista. Atos terroristas diários, sem fins de semana. Todos os dias estão a trabalhar como terroristas”, afirmou, citado pela Sky News.
O oligarca mais rico da Federação Russa, já fotografado a jogar hóquei no gelo com Vladimir Putin, entrou na lista dos que transferem - aliás, navegam - os seus ativos valiosos para o Dubai para fugirem às sanções. Vladimir Potanin, que dirige o maior refinador de níquel e produtor de paládio, à escala mundial, pode não ter sido ainda sancionado pelos EUA e pela Europa, uma vez que tais sanções poderiam afetar os mercados de metais e quebrar as cadeias de abastecimento, segundo analistas.
O governo dos Estados Unidos anunciou hoje sanções económicas contra 70 empresas e 29 pessoas com ligações às Forças Armadas russas, tendo como objetivo reduzir o seu poder militar e os seus esforços na invasão da Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson vai pedir hoje aos aliados da NATO, durante a cimeira de Madrid, para aumentarem as suas despesas militares em resposta à invasão russa à Ucrânia, revelou o seu gabinete de Downing Street.
A cimeira da NATO, que decorre em Madrid, com mais de quarenta chefes de Estado e de Governo e um programa condicionado pela guerra na Ucrânia, arrancará com uma intervenção do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A escultura Balloon Monkey (Magenta), do norte-americano Jeff Koons, foi vendida pela Christie's por mais de 10 milhões de libras, dinheiro que será aplicado em ajuda humanitária na Ucrânia, anunciou a leiloeira com sede em Londres.
#AuctionUpdate #JeffKoons’ ‘Balloon Monkey (Magenta)’ soars to £10,136,500. The work has been presented for sale at Christie's by Victor and Olena Pinchuk to raise vital funds for humanitarian aid for Ukraine. pic.twitter.com/TKL4l81oZJ
— Christie's (@ChristiesInc) June 28, 2022
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que o exército russo já disparou um total de 2.811 mísseis contra as cidades ucranianas, desde o início da guerra em 24 de fevereiro. "A partir desta noite, o número total de mísseis russos que atingiram as nossas cidades já é de 2.811. Temos todas as provas do que as tropas russas estão a fazer contra o nosso povo", escreveu o chefe de Estado no serviço de mensagens Telegram.
Damos início a um novo acompanhamento AO MINUTO da guerra na Ucrânia. Poderá recordar tudo o que aconteceu na terça-feira, no link abaixo:
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