Um idoso de 80 anos é o protagonista de uma história verdadeiramente insólita ocorrida no Brasil. O homem foi declarado morto num hospital, mas viriam a perceber que ainda estava vivo já na morgue, o que gerou surpresa e alegria entre a família.
Tudo começou no dia 18 de junho, quando o idoso deu entrada numa unidade em Córrego Fundo, no estado de Minas Gerais. No dia seguinte, o homem sofreu uma paragem cardíaca e um médico viria a declarar o óbito, segundo relata o g1, que cita a autarquia.
A família, especificamente a esposa, foi chamada e informada da alegada morte.
No mesmo dia, um funcionário de uma funerária contratada para tratar do corpo percebeu, na morgue daquele hospital, que o idoso apresentava sinais vitais e alertou imediatamente os profissionais da unidade de saúde. A esposa do homem foi chamada novamente e informada de que, afinal, o marido estava vivo.
O idoso, que sofre de Alzheimer, acabou por ser transferido para um hospital em Santo António do Amparo e, esta quinta-feira, 26 de junho, teve alta hospitalar, acabando por ser recebido em festa pela família e trabalhadores do lar onde está atualmente.
"Sentimento de muita gratidão a Deus. Agradecemos a todos da família que estiveram com a gente nessa recepção, aos enfermeiros do lar onde ele mora pelos cuidados que tiveram com ele, os cuidadores também. Sentimento de gratidão por ele estar com a gente novamente", disse um familiar.
"O caso dele é complicado. Tem três anos que ele está em cima de uma cama. Ele tem Alzheimer. Mas a família luta com unhas e dentes para manter ele vivo", acrescentou ainda outra pessoa da família.
A autarquia acabou por afastar o médico responsável e instaurou um inquérito para esclarecer o caso. Além disso, informou que os familiares do homem tinham assinado um "termo de não investimento", que impedia a realização de manobras de reanimação e procedimentos invasivos após a constatação do óbito. A família, nega, contudo, esta versão e alega que quando soube do óbito, o documento não tinha sido assinado. Segundo dizem, o termo só foi assinado pela filha do idoso já depois deste episódio.
Note-se que, embora seja incomum, esta não é a primeira vez que acontece um caso semelhante a este. Há cerca de um ano, por exemplo, uma mulher foi declarada morta no Nebraska, nos Estados Unidos, e estava, afinal, viva. Foi encontrada a respirar pelos funcionários de uma agência funerária.
Acreditava-se que Constance Glantz, de 74 anos, tinha morrido, no lar de idosos de Lincoln onde se encontrava e onde estava a receber cuidados paliativos. Contudo, quando um funcionário estava a cuidar do corpo, reparou que a mulher estava a respirar e o pessoal começou imediatamente a fazer reanimação e chamou as autoridades, que descreveram o caso como "muito invulgar".
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