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"Se PGR continuar na masmorra, Bloco garantirá que vem à Assembleia"

O presidente da Assembleia da República, José Aguiar Branco, disse que Lucília Gago deveria falar para que não se crie um clima de suspeição.

"Se PGR continuar na masmorra, Bloco garantirá que vem à Assembleia"
Notícias ao Minuto

16:38 - 26/04/24 por Teresa Banha

Política Bloco de Esquerda

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, reagiu, esta sexta-feira, à 'convocatória' deixada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que hoje disse que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deveria prestar declarações no Parlamento.

"Recordemos que um comunicado da Procuradora-Geral da República levou à demissão do Governo e à dissolução da Assembleia da República. Temos assistido ao desenvolvimento da Operação Influencer e às suas fragilidades. Isto tem levado a que em vários setores da sociedade portuguesa, da Esquerda à Direita, na academia, no sistema judiciário, tenha havido uma crescente preocupação. Todas as vozes têm pedido mais esclarecimentos", começou por dizer o bloquista, saudando o presidente da Assembleia da República por se ter "juntado a esse apelo" que pede a Lucília Gago que seja "clara e transparente" - e dê justificações "sobretudo" sobre a Influencer.

Em declarações no Parlamento, o líder parlamentar deu ainda conta de que o Bloco de Esquerda "tem exigido" desde o momento em que a polémica se instalou que a Procuradora-Geral da República preste explicações no âmbito deste caso.

"Em 50 anos de Democracia, Portugal nunca tinha assistido a um episódio semelhante", considerou, reforçando que foi o comunicado da PGR, "evasivo", que levou à demissão do governo anterior.

Fabian Figueiredo afirmou que Lucília Gago deveria "tomar boa nota" perante estas declarações do presidente da Assembleia, e se disponibilizar para ir até ao Parlamento prestar esclarecimentos.

Questionado sobre se o Bloco de Esquerda iria avançar com alguma ação para que Lucília Gago viesse ao Parlamento, Fabian Figueiredo explicou que o partido queria acreditar que a Procuradora-Geral da República percebe que a sua vinda é "fundamental para a confiança dos cidadãos no Estado de Direito Democrático e independência do Ministério Público".

O bloquista sublinhou ainda que "há vários setores da sociedade portuguesa" que querem esclarecimentos, já que, 'feitas as contas', esse caso tem vindo a "desmoronar cada vez que é escrutinado por juízes", algo que a seu ver "levanta legítimas preocupações".

Os jornalistas insistiram se o Bloco iria tomar providências chamando a PGR à 1.ª Comissão, e Fabian Figueiredo reforçou que queria acreditar que a mesma viria. "Se me pergunta se a PGR continuar fechada sob as suas masmorras, continuar a ser evasiva, achar que no séc. XXI é possível administrar a justiça como o tem feito, o Bloco de Esquerda procurará um campo mais alargado para garantir que a Procuradora vem à Assembleia da República", admitiu.

A vontade de trazer Lucília Gago até à Assembleia da República foi demonstrada esta sexta-feira em entrevista à Antena 1 pelo presidente da Assembleia da República José Pedro Aguiar-Branco disse que Lucília Gago deveria falar para que não se crie um clima de suspeição.

"Qualquer um de nós não quer acreditar que haja uma conduta premeditada para à Esquerda ou à Direita provocar um determinado facto politico por via de uma investigação criminal, mas a verdade é que ninguém vive sozinho no mundo e é preciso ser explicado, porque se for explicado e se a situação ao ser explicada torna claro que a suspeição não existe, eu acho que estamos a contribuir para que esses dois mundos convivam de uma forma mais saudável para a democracia", explicou.

Leia Também: PGR na Assembleia? Livre não se opõe, mas quer "perceber" pedido

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