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Ucrânia. EUA anunciam mais mísseis Patriot num pacote de 5,6 mil milhões

Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia mais mísseis Patriot para os seus sistemas de defesa aérea como parte de um pacote de ajuda adicional de 5,61 mil milhões de euros, anunciou hoje o secretário da Defesa, Lloyd Austin.

Ucrânia. EUA anunciam mais mísseis Patriot num pacote de 5,6 mil milhões
Notícias ao Minuto

19:10 - 26/04/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os mísseis serão utilizados para reabastecer os sistemas de defesa aérea Patriot anteriormente fornecidos e fazem parte de um pacote que também inclui mais munições para o Sistema Nacional Avançado de Mísseis Superfície-Ar (NASAMS), e equipamento adicional para integrar lançadores de defesa aérea, mísseis e radares ocidentais no armamento existente na Ucrânia, grande parte do qual ainda remonta a sistemas anteriores da era soviética.

Em comunicado, o Departamento de Defesa classificou o novo pacote com histórico, marcando o segundo aniversário da criação do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia.

Esta assistência a Kiev é fornecida através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI) e utiliza "financiamento apropriado pelo suplemento de segurança nacional que o Presidente [norte-americano Joe Biden] acaba de sancionar", incluindo equipamento para aumentar as defesas aéreas e artilharia ucraniana, bem como alimentar capacidades anteriormente comprometidas pelos Estados Unidos, segundo o comunicado.

O Departamento de Defesa esclareceu que, através da iniciativa USAI, os Estados Unidos podem adquirir equipamento militar na indústria norte-americana ou junto de parceiros, e o anúncio de hoje "representa o início de um processo de contratação para adquirir capacidades prioritárias adicionais para a Ucrânia".

Além de munições para os sistemas Patriot e NASAMS, o novo pacote prevê a transferência de equipamentos anti-'drones', radares, munições aeras de precisão e outras adicionais para os sistemas HIMARS e para peças de artilharia de 155 e 152 mm, 'drones', viaturas táticas e armas ligeiras.

"Este pacote da USAI destaca o compromisso forte e inabalável dos Estados Unidos em satisfazer as necessidades mais prementes da Ucrânia em termos de capacidades imediatas e a longo prazo para combater a agressão russa como parte da coligação global que construímos com cerca de 50 aliados e parceiros", afirma o Departamento de Defesa.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem insistido na necessidade de mais armamento, nomeadamente mísseis de longo alcance e sistemas de defesa aérea, entre os quais "pelo menos sete" Patriot.

Este apoio adicional de Washington, que representa 6 mil milhões de dólares, é anunciado na mesma semana em que o Senado dos Estados Unidos aprovou, após meses de bloqueio, um novo pacote de ajuda militar de 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros).

A câmara alta do Congresso norte-americano aprovou na terça-feira à noite, por uma maioria de 79 votos contra 18, um pacote global de 95 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) para ajudar Ucrânia, Israel e Taiwan.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, assegurou no dia seguinte que um pacote de material de guerra seguiria para Kiev "nas próximas horas".

O anúncio da Casa Branca marcou o fim de um longo impasse político, com os republicanos no Congresso a bloquearem a assistência militar à Ucrânia na sua divergência de posições com os Democratas.

"Estivemos à altura do momento. Estivemos unidos. E conseguimos. Agora precisamos de agir rapidamente", disse Biden, no evento na Casa Branca para anunciar a assinatura da medida de ajuda externa.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

[Notícia atualizada às 20h50]

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