Ataque israelita com drone matou uma pessoa no leste do Líbano

Pelo menos uma pessoa morreu hoje quando um drone israelita atacou um carro que circulava pelo Vale do Bekaa, no leste do Líbano, informou o Ministério da Saúde Pública libanês.

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© Getty Images

Lusa
05/08/2025 23:53 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com um comunicado do Centro de Operações de Emergência, o ataque teve como alvo um carro na cidade de Brital, no distrito de Baalbek, onde uma pessoa não identificada morreu.

 

O ataque foi feito com um drone, que disparou três mísseis contra o veículo, noticiou a Agência Nacional de Notícias (ANN).

Apesar do cessar-fogo acordado entre os dois países, em 27 de novembro de 2024, Israel continuou a atacar o Líbano com bombardeamentos que, frequentemente, alega serem dirigidos contra membros do grupo xiita Hezbollah ou infraestruturas pertencentes ao movimento.

O ataque de hoje ocorreu enquanto o governo libanês discutia o desarmamento do Hezbollah, algo que o movimento xiita condiciona a um fim prévio dos bombardeamentos israelitas e à retirada das tropas de Israel do território libanês.

O Governo libanês encarregou hoje o Exército de preparar um plano para garantir às forças estatais o monopólio das armas até ao final do ano, anunciou o primeiro-ministro, após uma reunião dedicada ao desarmamento do grupo xiita Hezbollah.

Em conferência de imprensa no Palácio Presidencial, o líder libanês explicou que o Conselho de Ministros voltará a reunir-se na próxima quinta-feira para dar continuidade às discussões sobre o plano proposto pelos Estados Unidos para o desarmamento do Hezbollah, que esteve envolvido num conflito aberto com Israel durante mais de um ano até novembro passado.

"Reafirmamos o direito do Líbano à autodefesa em caso de qualquer agressão", afirmou o primeiro-ministro, em alusão à continuação de bombardeamentos israelitas no Líbano e à presença das suas tropas no sul do país, apesar do cessar-fogo em vigor.

A par da sessão do Conselho de Ministros, o líder do Hezbollah rejeitou hoje submeter o grupo xiita a um calendário de desarmamento enquanto Israel prosseguir os seus ataques.

Na quinta-feira passada, uma onda de bombardeamentos atingiu várias zonas naquela região oriental e também na zona mais a sul de Jezzine, a 40 km ao sul de Beirute, matando quatro pessoas, segundo dados oficiais.

O exército israelita bombardeou o Líbano, visando infraestruturas do movimento xiita Hezbollah, incluindo um "local de produção de mísseis", anunciou o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, na quinta-feira.

De acordo com o ministro, o exército está a "atacar com força a infraestrutura terrorista da organização terrorista Hezbollah no Líbano, incluindo o maior local de produção de mísseis de precisão do Hezbollah".

Os bombardeamentos ocorreram no Vale do Bekaa, no sudeste do Líbano, especificou o Exército em outra nota informativa.

Estes ataques tendem a concentrar-se principalmente no sul do país, embora também ocorram em menor escala no Vale de Bekaa.

"Entre os alvos atingidos estavam locais de fabrico de explosivos utilizados para desenvolver o arsenal do Hezbollah, bem como uma instalação subterrânea dedicada à produção e armazenamento de armas estratégicas", acrescentaram as fontes militares, alegando que "o Hezbollah tentou reabilitar estes locais e capacidades, violando os acordos entre Israel e o Líbano".

Nos termos do acordo de trégua, o Hezbollah deveria retirar os seus combatentes para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas devem ser destacados.

Israel, que deveria ter retirado completamente as suas tropas, mantém-nas em cinco posições fronteiriças que considera estratégicas.

A cidade de Israel, Telavive, acusou as autoridades libanesas de não fazerem o suficiente para desarmar o grupo xiita.

Leia Também: Israel admite ter realizado operações terrestre no sul do Líbano

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