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RDCongo. Comunidade da África Oriental enviará força militar regional

Os chefes de Estado dos países da Comunidade da África Oriental (EAC, na sigla em inglês) decidiram hoje enviar rapidamente uma força militar regional para a República Democrática do Congo (RDCongo) para resolver a insegurança no nordeste do país.

RDCongo. Comunidade da África Oriental enviará força militar regional
Notícias ao Minuto

23:18 - 21/04/22 por Lusa

Mundo Força Militar

"O estabelecimento da força regional para combater as forças inimigas deve começar imediatamente sob a liderança da RDCongo", declararam num comunicado após uma cimeira dedicada à segurança e realizada em Nairobi, capital do Quénia, país cujo Presidente Uhuru Kenyatta lidera atualmente a EAC.

Além de Kenyatta, participaram na reunião os Presidentes da RDCongo, Felix Antoine Tshisekedi, do Burundi, Evariste Ndayishimiye, do Uganda, Yoweri Museveni, e o chefe da diplomacia do Ruanda, Vincent Biruta, em representação do Presidente ruandês, Paul Kagame.

Os dirigentes recordaram durante a cimeira que deve ser realizado o mais rapidamente possível um diálogo consultivo entre o Presidente da RDCongo, país que aderiu à EAC em março passado, e os representantes dos grupos armados daquele país.

A este respeito, consideraram que todos os grupos armados da RDCongo devem participar "incondicionalmente" no processo político para resolver as suas reivindicações e que os grupos armados estrangeiros na RDCongo se devem desarmar e regressar "incondicional e imediatamente" aos seus respetivos países de origem.

"Se não o fizerem", lê-se no comunicado, "serão consideradas forças inimigas e tratados militarmente".

Os participantes na cimeira decidiram a realização de um novo encontro dentro de um mês para avaliar os progressos alcançados no que qualificaram de "conversas frutíferas, realizadas num ambiente franco e cordial, e com o objetivo de promover a paz, a estabilidade e o desenvolvimento no leste da RDCongo e na grande região da África Oriental".

No comunicado deste conclave, que decorreu à porta fechada, não foi feita qualquer referência, no entanto, às forças armadas do Ruanda, acusadas no final de março passado por Kinshasa de colaborarem com os rebeldes do grupo M23, o mais importante.

Desde 1998 que o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército governamental, apesar da presença da missão das Nações Unidas (Monusco), com mais de 14.000 efetivos.

A ausência de alternativas estáveis e de métodos de subsistência tem levado milhares de civis a pegar em armas e, segundo o 'think tank' Barómetro de Segurança Kivu, a região é um campo de batalha para pelo menos 122 grupos.

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