EUA testam com sucesso protótipos de componentes de mísseis hipersónicos
Os Estados Unidos anunciaram hoje que testaram com sucesso "protótipos" de componentes de mísseis hipersónicos, usados para desenvolver este novo tipo de armamento, cujo desenvolvimento é liderado por China e Rússia.
© Reuters
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Três testes, realizados quarta-feira no centro de ensaios Wallops da Nasa, na Virgínia, foram realizados "com sucesso", disse a Marinha dos Estados Unidos em comunicado.
Os testes "forneceram a demonstração de tecnologias, capacidades e protótipos de sistemas hipersónicos avançados, num ambiente realista", acrescenta o comunicado.
De acordo com o Financial Times, a China lançou em agosto um míssil hipersónico com capacidade nuclear, que contornou a Terra em órbita baixa antes de descer em direção ao seu alvo, que errou.
A China negou, falando em "testes de rotina de um veículo espacial, com o objetivo de testar a tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis".
A China já apresentou em 2019 um míssil hipersónico, o DF-17, arma de alcance intermédio (cerca de 2.000 km), na forma de um "planador", que pode carregar ogivas nucleares.
O míssil citado pelo Financial Times, diferente do DF-17, poderia atingir o espaço, ser colocado em órbita e atravessar a atmosfera antes de atingir o alvo, sendo por isso o seu alcance muito maior.
Os russos lançaram recentemente um míssil hipersónico Zircon de um submarino e, no final de 2019, encomendaram os mísseis hipersónicos Avangard com capacidade nuclear.
De acordo com Moscovo, o Avangard é capaz de atingir a velocidade de Mach 27 e alterar a trajetória e a altitude.
Em finais de setembro, os Estados Unidos asseguraram ter testado com sucesso o míssil hipersónico Raytheon.
O Pentágono espera lançar os seus primeiros mísseis hipersónicos por volta de 2025.
O representante permanente norte-americano para o desarmamento, Robert Wood, afirmou segunda-feira, em Genebra, que os Estados Unidos estão "muito preocupados" com o que a China está a fazer com os mísseis hipersónicos, que voam pelo menos Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som) e são manobráveis, tornando-os difíceis de detectar e interceptar.
O secretário da Defesa, Lloyd Austin, disse,segunda-feira que os Estados Unidos vigiam "de perto" o desenvolvimento por parte da China de armamento, capacidades avançadas e sistemas que "só podem aumentar as tensões na região".
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