Líder da CDU conquista apoio do partido para se candidatar a chanceler
O líder da CDU de Angela Merkel, Armin Laschet, conquistou na madrugada de segunda-feira o apoio do partido para se candidatar a chanceler alemão em setembro, mas falta o veredito final da coligação de centro-direita.
© Getty Images
Mundo Alemanha
Após mais de seis horas de reunião, a direção do partido democrata cristão alemão (CDU) renovou o seu apoio ao seu presidente, Armin Laschet, numa votação interna para tentar resolver a longa guerra de liderança no bloco conservador e encontrar um candidato à sucessão de Angela Merkel.
Os delegados escolheram Laschet em detrimento do popular dirigente da CSU, partido irmão da CDU na Baviera, Markus Söder, segundo disseram participantes da reunião à agência AFP.
Söder tinha afirmado na segunda-feira que aceitaria a decisão que saísse da reunião e espera-se que se pronuncie ainda hoje sobre o resultado da votação.
Segundo a agência alemã dpa, o resultado da votação foi claro, com 31 dos elementos da direção a votarem em Laschet, nove em Söder e seis a absterem-se.
Candidato natural da CDU, partido que dirige desde janeiro, Armin Laschet, viu a sua investidura contestada por Söder, líder do partido-irmão bávaro CSU.
Ao fim de meses de tensão, Söder oficializou no domingo a sua candidatura.
Os conservadores tentaram, em vão, encontrar uma solução pacífica para a disputa interna, não escondendo o receio com o impacto que estas divisões podem ter no eleitorado.
Markus Soder, de 50 anos, que dirige a CSU, tem as sondagens a seu favor, quando comparado com Armin Laschet, de 60 anos, mas, tradicionalmente, cabe à CDU apresentar o candidato da coligação.
A CSU é um movimento regional que só existe na Baviera, enquanto a CDU está presente nos restantes 15 estados da Alemanha.
Armin Laschet, que apenas recentemente foi eleito para a liderança da CDU, também sofreu vários contratempos, tendo sido muito criticado pela forma como se tem posicionado perante a estratégia de combate contra a pandemia.
Laschet defendeu uma estratégia mais moderada de luta contra o novo coronavírus, ao ponto de ter entrado em conflito com a liderança de Angela Merkel.
Embora Laschet seja considerado o herdeiro natural de Angela Merkel, na verdade tem tido dificuldade em conciliar a necessidade do partido de harmonizar os sentimentos de continuidade e de renovação.
A coligação de centro-direita será a última grande força política a apresentar um candidato às eleições legislativas de 26 de setembro.
Segundo as sondagens a coligação conservadora está à frente nas intenções de voto, seguida dos Verdes, que na segunda-feira nomearam Annalena Baerbock como candidata a chanceler.
Os sociais-democratas do SPD nomearam há meses o ministro das Finanças, Olaf Scholz, como o seu candidato.
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